domingo, agosto 25, 2013

O que mais eu posso fazer?

Tenha a recorrente sensação de me sentir insatisfeito sobre o meu humor, meu estado de espírito. Às vezes me pergunto "por que estou angustiado, triste, melancólico, se há motivos diversos para estar feliz, radiante até?". Além das minhas próprias, existem as expectativas dos outros, para quem eu tenho de me mostrar no mínimo tranquilo, para não preocupar, incomodar ou mesmo decepcionar alguém que pretensa - ou ilusoriamente - acha que contribui muito para a minha felicidade e por isso minha atitude seria uma ingratidão. Como a personagem Justine do filme "Melancolia" diz em certo momento: "Eu tenho feito tudo, eu passei o dia sorrindo e sorrindo e sendo gentil, o que mais eu posso fazer?". A fala é dita após ela ser questionada por sua irmã sobre o motivo de não estar autenticamente empolgada com a mega festa de casamento arranjada pelo cunhado, que faz questão de dizer à todo momento que a festa custou "os olhos da cara" e que como agradecimento ela deveria "ser feliz". Entretanto, ela está internamente se dissolvendo, mas precisa demonstra publicamente o oposto. Estar bem e sentir-se feliz depende de estímulos externos mas também de uma disposição interior da psiquê, do sensibilidade e do temperamento de cada um. Muitas vezes sinto como se fosse me diluir e ser absorvido por todas as dores e problemas do mundo, como se tudo fosse um redemoinho e minha mente o epicentro, o núcleo do tornado. Ainda assim preciso sorrir, dissimular uma felicidade artificial, encaminhar as atividades cotidianas, manter-me dentro do modelo aceitável, já que o mundo não pode parar por minha causa e as pessoas nada tem haver com meus dilemas pessoais. A verdade é que o ser humano é um sujeito complexo e profundamente solitário, ainda que conviva com vários pessoas. Somos um universo particular, sensorial, cognitivo que percorre veredas acidentadas e se defronta com s planícies estáveis e mas em frequência muito maior pairamos à beira de abismos. Nossos abismos pessoais. Viver pra mim é caminhar cuidadosamente entre eles.


Sandro Alves

quinta-feira, agosto 22, 2013

Ilusão e dependência

A pior alegria é a pseudofelicidade passageira.

Ela vem apaixonante, ardente, entra nas nossas vias áreas com tanto calor que respiramos ofegante, 
nosso coração bate ofegante pelo momento de prazer, nossos olhos veem cor de rosa o que é vermelho rubro com leves tons de preto.

Nos engana e nos arrebata com uma simples e estúpida ilusão de bem estar.
Na verdade, não passa de um efeito rápido entorpecente, que engana os neurônios e nos faz acreditar em algo que é mentira.

Depois, o que temos são momentos de tristeza, controle e angústia.
Toda a liberdade vai por entre nossos dedos, se foi... e nem se despede direito, pouco importa, tchau.

Esse é o véu da pseudoconcreticidade que nos diz ser alegrias momentâneas compenstórias. 

Não é nada a não ser um flash, acende e apaga ligeiramente...

Shellen Galino
Agosto de 2013.

segunda-feira, agosto 19, 2013

Desafios para a formação profissional no SUS




Na tentativa de escrever minha fala no I Fórum da Rede Escola, que ocorreu no dia 16 de agosto na Universidade Federal da Paraíba, segue abaixo minha contribuição para o debate, limitado por casa dos poucos 10 minutos, porém tentei provocar ao máximo. Quem trouxe o vídeo, foi a querida Professora Juliana Sampaio, mas como é excelente, cabe também socializá-lo aqui.


"Bom dia a todos/as. Gostaria de saudar a mesa e plenária.
Minha fala será bastante rápida devido ao tempo, e vou dividi-la em três tópicos que acho fundamental.

          1) 


  1. Bem, não temos como falar de desafios da formação profissional para o SUS se não situarmos dentro de uma conjuntura macro-política em que vivemos na atualidade.
  2. Hoje, a saúde pública vive um subfinanciamento perverso, e ainda hoje grande parte dos gastos para a saúde "suplementar" privada.
  3. Soma-se a isso a precarização do ensino superior, no público e no privado. A UFPB em seu campus IV, encontra-se em greve deste 09 de julho. O HU com o seu bloco cirúrgico fechado, RU co número bem reduzido e ainda número excessivo de estudantes por docente.
  4. Ainda mais, temos tanto na Saúde, quanto na Educação, a hegemonia do privado. E coloca-se em cheque a velha conhecida nossa, a disputa e tensão entre público x privado.
  5. Dizendo isso, não estou criando um divisionismo, mas é importante entender que isso não significa que as escolas privadas aqui presentes são ruins necessariamente.
  6. Se trata que educação é direito e não mercadoria. O Estado deve garantir ensino público de qualidade para todos/as.
  7. O problema real é a hegemonia do mercado sobre o público.
  8. Ainda nessa tensão, temos a venda de campos de estágios. Por exemplo, estudantes de medicina da UFPB são "convidados" a se retirar dos campos porque os preceptores não recebem. Não podemos deixar que o estágio se troque uma simples mercadoria. Assim, a "concorrência" do publico com o privado é desleal e anti-ética.

    2)
  9. Temos uma formação que é uma verdadeira grande curricular. Talvez isso explique o número bem reduzido  de estudantes participando deste fórum hoje.
  10. O que temos é uma formação moldada numa pseudo-intelectualidade. Onde fica-se preso a 3 avaliação semestrais que nada avaliam, a um produtivismo acadêmico cruel e a um bom currículo lattes.
  11. Vale mais produzir artigos e fazer pesquisas que já sabemos o resultados do que cumprir com a função social da universidade e ter um compromisso teórico e político com o SUS.
  12. Outro ponto ainda dialogando com este tópico é que tanto no ensino privado, como no público com menos intensidade,  a formação não é voltada para a atuação na saúde pública e no SUS, e muito menos para a atenção básica de prevenção e promoção em saúde.
  13. Ainda soma-se a isso a dificuldade de desde a formação profissional não trabalharmos a intersetorialidade e uma práxis transversal que dê conta da integralidade necessária ao usuário. Como exigir isso no processo de trabalho? Bem, nem preciso falar sobre a necessidade do controle social, a maioria nem sabe o que é de fato um conselho de política pública.
  14. Têm-se ainda o desfio da formação continuada/permanente dos profissionais que já atuam nos serviços. É preciso trabalhar com a necessária e urgente reorientação do processo de trabalho.

    3)
  15. Para tentar concluir, é preciso DEMOCRATIZAR!
  16. Tanto o SUS, na gestão, serviços e conselhos.
  17. A universidade (projetos pedagógicos, instâncias)
  18. é preciso, enfim, queimar literalmente as cadeiras. Romper com as estruturas de poder e modelos tradicionais.
  19. Já problematizamos bastante, sem dúvida, nada do que eu disse é novidade, precisamos buscar novas estratégias.
  20. Essas estratégias vem a partir de mais diálogo, mais criatividade, mais socialização  mais participação.
  21. A saída, sem dúvidas, é coletiva.

Vamos construir a saúde pública de todos/as nós.

Shellen Galdino
Estudante de Serviço Social da UFPB, e do PET-Saúde (EDUCAÇÃO PERMANENTE).



quinta-feira, agosto 15, 2013

Onde está Amarildo? Where is Amarildo? ¿Dónde está Amarildo?

Onde está Amarildo? Where is Amarildo? ¿Dónde está Amarildo?

Fiquei ainda mais indignada com o caso de Amarildo.

É a mesma PM que faz coerção com os menores em conflito com a lei, que bate nos negros, nos pobres, que mata pais de família, que faz poder paralelo com milicias, que bate nos "vândalos", criminaliza os movimentos sociais etc

É uma verdeira insegurança! Clima de medo!!!

Ao ver a possível rota dos PM's, recentemente divulgada pelo Jornal Nacional, fico pensando, quantos não passaram por esse caminho?

E agora, a família de Amarildo, Renato, João e tantos outros são vítimas dos próprios instrumentos violentos do aparato do estado que deveria nos proteger.

Sou a favor da desmilitarização da PM, e digo mais... isso não vai resolver a enorme corrupção e desumanidade em que se encontra essa instituição.

Sou mesmo é a favor do fim da PM. E antes que o senso-comum venha me dizer: "ah, você quer que eles sejam carinhosos?"

Bem, acredito que esse moralismo não deve ser argumento

Devemos defender um novo tipo de Polícia e Política de Segurança Nacional. Um desses meios é o mais investimentos em políticas públicas estatais e de qualidade, mas também perpassa por extinguir a Polícia Militar, que se trata de um modelo obsoleto e esgotado de "proteção".

Por uma nova segurança, que tenha como viés a cidadania e os direitos humanos, e preze pela VIDA, antes de tudo. Sem corrupção, sem coerção e sem privilégios.

sábado, agosto 10, 2013

Prática: critério definidor da verdade

Estou me lixando para discursos inflamados, propostas bonitas e retóricas efervecentes... de esquerda, de centro e de direita... com isso não digo que sou omissa, afirmo que discurso todo mundo tem.

Na fala podemos dizer o que quisermos, que somos a favor da igualdade, da democracia e da justiça social. É muito fácil... fetiche sobre isso é o que mais tem, em todos os espaços possíveis.

Desde já a prática é o critério da verdade, fica decretado, ao bater dos sinos será essa a essência. (ou deveria ser?)

A prática é que define o que somos, porque somos e para onde vamos. Tudo depende do objetivo, da nossa estratégia e de onde queremos chegar.

Palavras se perdem ao vento, são contraditórias, não coerentes... já os fatos, existem a prova, estão ai a história, que não foi construída por discursos, mas sim por atitudes.

Atitudes que mostram a verdade, para o "bem" e para o "mau"... elas que definem o rumo da história. Elas que traçam caminhos, e é coisa de gente com coragem e sem medo de ousar.

Se o nosso objetivo é enganar as pessoas, podemos apenas usar a retórica, mas se é conquistar no cotidiano as conciências em prol de um projeto, é fazendo e é na luta que se constrói uma unidade programática, o resto, é tudo falácia e disparate alheio.

Se  o objetivo for vencer, que os meios não justifiquem o final.

domingo, agosto 25, 2013

O que mais eu posso fazer?

Tenha a recorrente sensação de me sentir insatisfeito sobre o meu humor, meu estado de espírito. Às vezes me pergunto "por que estou angustiado, triste, melancólico, se há motivos diversos para estar feliz, radiante até?". Além das minhas próprias, existem as expectativas dos outros, para quem eu tenho de me mostrar no mínimo tranquilo, para não preocupar, incomodar ou mesmo decepcionar alguém que pretensa - ou ilusoriamente - acha que contribui muito para a minha felicidade e por isso minha atitude seria uma ingratidão. Como a personagem Justine do filme "Melancolia" diz em certo momento: "Eu tenho feito tudo, eu passei o dia sorrindo e sorrindo e sendo gentil, o que mais eu posso fazer?". A fala é dita após ela ser questionada por sua irmã sobre o motivo de não estar autenticamente empolgada com a mega festa de casamento arranjada pelo cunhado, que faz questão de dizer à todo momento que a festa custou "os olhos da cara" e que como agradecimento ela deveria "ser feliz". Entretanto, ela está internamente se dissolvendo, mas precisa demonstra publicamente o oposto. Estar bem e sentir-se feliz depende de estímulos externos mas também de uma disposição interior da psiquê, do sensibilidade e do temperamento de cada um. Muitas vezes sinto como se fosse me diluir e ser absorvido por todas as dores e problemas do mundo, como se tudo fosse um redemoinho e minha mente o epicentro, o núcleo do tornado. Ainda assim preciso sorrir, dissimular uma felicidade artificial, encaminhar as atividades cotidianas, manter-me dentro do modelo aceitável, já que o mundo não pode parar por minha causa e as pessoas nada tem haver com meus dilemas pessoais. A verdade é que o ser humano é um sujeito complexo e profundamente solitário, ainda que conviva com vários pessoas. Somos um universo particular, sensorial, cognitivo que percorre veredas acidentadas e se defronta com s planícies estáveis e mas em frequência muito maior pairamos à beira de abismos. Nossos abismos pessoais. Viver pra mim é caminhar cuidadosamente entre eles.


Sandro Alves

quinta-feira, agosto 22, 2013

Ilusão e dependência

A pior alegria é a pseudofelicidade passageira.

Ela vem apaixonante, ardente, entra nas nossas vias áreas com tanto calor que respiramos ofegante, 
nosso coração bate ofegante pelo momento de prazer, nossos olhos veem cor de rosa o que é vermelho rubro com leves tons de preto.

Nos engana e nos arrebata com uma simples e estúpida ilusão de bem estar.
Na verdade, não passa de um efeito rápido entorpecente, que engana os neurônios e nos faz acreditar em algo que é mentira.

Depois, o que temos são momentos de tristeza, controle e angústia.
Toda a liberdade vai por entre nossos dedos, se foi... e nem se despede direito, pouco importa, tchau.

Esse é o véu da pseudoconcreticidade que nos diz ser alegrias momentâneas compenstórias. 

Não é nada a não ser um flash, acende e apaga ligeiramente...

Shellen Galino
Agosto de 2013.

segunda-feira, agosto 19, 2013

Desafios para a formação profissional no SUS




Na tentativa de escrever minha fala no I Fórum da Rede Escola, que ocorreu no dia 16 de agosto na Universidade Federal da Paraíba, segue abaixo minha contribuição para o debate, limitado por casa dos poucos 10 minutos, porém tentei provocar ao máximo. Quem trouxe o vídeo, foi a querida Professora Juliana Sampaio, mas como é excelente, cabe também socializá-lo aqui.


"Bom dia a todos/as. Gostaria de saudar a mesa e plenária.
Minha fala será bastante rápida devido ao tempo, e vou dividi-la em três tópicos que acho fundamental.

          1) 


  1. Bem, não temos como falar de desafios da formação profissional para o SUS se não situarmos dentro de uma conjuntura macro-política em que vivemos na atualidade.
  2. Hoje, a saúde pública vive um subfinanciamento perverso, e ainda hoje grande parte dos gastos para a saúde "suplementar" privada.
  3. Soma-se a isso a precarização do ensino superior, no público e no privado. A UFPB em seu campus IV, encontra-se em greve deste 09 de julho. O HU com o seu bloco cirúrgico fechado, RU co número bem reduzido e ainda número excessivo de estudantes por docente.
  4. Ainda mais, temos tanto na Saúde, quanto na Educação, a hegemonia do privado. E coloca-se em cheque a velha conhecida nossa, a disputa e tensão entre público x privado.
  5. Dizendo isso, não estou criando um divisionismo, mas é importante entender que isso não significa que as escolas privadas aqui presentes são ruins necessariamente.
  6. Se trata que educação é direito e não mercadoria. O Estado deve garantir ensino público de qualidade para todos/as.
  7. O problema real é a hegemonia do mercado sobre o público.
  8. Ainda nessa tensão, temos a venda de campos de estágios. Por exemplo, estudantes de medicina da UFPB são "convidados" a se retirar dos campos porque os preceptores não recebem. Não podemos deixar que o estágio se troque uma simples mercadoria. Assim, a "concorrência" do publico com o privado é desleal e anti-ética.

    2)
  9. Temos uma formação que é uma verdadeira grande curricular. Talvez isso explique o número bem reduzido  de estudantes participando deste fórum hoje.
  10. O que temos é uma formação moldada numa pseudo-intelectualidade. Onde fica-se preso a 3 avaliação semestrais que nada avaliam, a um produtivismo acadêmico cruel e a um bom currículo lattes.
  11. Vale mais produzir artigos e fazer pesquisas que já sabemos o resultados do que cumprir com a função social da universidade e ter um compromisso teórico e político com o SUS.
  12. Outro ponto ainda dialogando com este tópico é que tanto no ensino privado, como no público com menos intensidade,  a formação não é voltada para a atuação na saúde pública e no SUS, e muito menos para a atenção básica de prevenção e promoção em saúde.
  13. Ainda soma-se a isso a dificuldade de desde a formação profissional não trabalharmos a intersetorialidade e uma práxis transversal que dê conta da integralidade necessária ao usuário. Como exigir isso no processo de trabalho? Bem, nem preciso falar sobre a necessidade do controle social, a maioria nem sabe o que é de fato um conselho de política pública.
  14. Têm-se ainda o desfio da formação continuada/permanente dos profissionais que já atuam nos serviços. É preciso trabalhar com a necessária e urgente reorientação do processo de trabalho.

    3)
  15. Para tentar concluir, é preciso DEMOCRATIZAR!
  16. Tanto o SUS, na gestão, serviços e conselhos.
  17. A universidade (projetos pedagógicos, instâncias)
  18. é preciso, enfim, queimar literalmente as cadeiras. Romper com as estruturas de poder e modelos tradicionais.
  19. Já problematizamos bastante, sem dúvida, nada do que eu disse é novidade, precisamos buscar novas estratégias.
  20. Essas estratégias vem a partir de mais diálogo, mais criatividade, mais socialização  mais participação.
  21. A saída, sem dúvidas, é coletiva.

Vamos construir a saúde pública de todos/as nós.

Shellen Galdino
Estudante de Serviço Social da UFPB, e do PET-Saúde (EDUCAÇÃO PERMANENTE).



quinta-feira, agosto 15, 2013

Onde está Amarildo? Where is Amarildo? ¿Dónde está Amarildo?

Onde está Amarildo? Where is Amarildo? ¿Dónde está Amarildo?

Fiquei ainda mais indignada com o caso de Amarildo.

É a mesma PM que faz coerção com os menores em conflito com a lei, que bate nos negros, nos pobres, que mata pais de família, que faz poder paralelo com milicias, que bate nos "vândalos", criminaliza os movimentos sociais etc

É uma verdeira insegurança! Clima de medo!!!

Ao ver a possível rota dos PM's, recentemente divulgada pelo Jornal Nacional, fico pensando, quantos não passaram por esse caminho?

E agora, a família de Amarildo, Renato, João e tantos outros são vítimas dos próprios instrumentos violentos do aparato do estado que deveria nos proteger.

Sou a favor da desmilitarização da PM, e digo mais... isso não vai resolver a enorme corrupção e desumanidade em que se encontra essa instituição.

Sou mesmo é a favor do fim da PM. E antes que o senso-comum venha me dizer: "ah, você quer que eles sejam carinhosos?"

Bem, acredito que esse moralismo não deve ser argumento

Devemos defender um novo tipo de Polícia e Política de Segurança Nacional. Um desses meios é o mais investimentos em políticas públicas estatais e de qualidade, mas também perpassa por extinguir a Polícia Militar, que se trata de um modelo obsoleto e esgotado de "proteção".

Por uma nova segurança, que tenha como viés a cidadania e os direitos humanos, e preze pela VIDA, antes de tudo. Sem corrupção, sem coerção e sem privilégios.

sábado, agosto 10, 2013

Prática: critério definidor da verdade

Estou me lixando para discursos inflamados, propostas bonitas e retóricas efervecentes... de esquerda, de centro e de direita... com isso não digo que sou omissa, afirmo que discurso todo mundo tem.

Na fala podemos dizer o que quisermos, que somos a favor da igualdade, da democracia e da justiça social. É muito fácil... fetiche sobre isso é o que mais tem, em todos os espaços possíveis.

Desde já a prática é o critério da verdade, fica decretado, ao bater dos sinos será essa a essência. (ou deveria ser?)

A prática é que define o que somos, porque somos e para onde vamos. Tudo depende do objetivo, da nossa estratégia e de onde queremos chegar.

Palavras se perdem ao vento, são contraditórias, não coerentes... já os fatos, existem a prova, estão ai a história, que não foi construída por discursos, mas sim por atitudes.

Atitudes que mostram a verdade, para o "bem" e para o "mau"... elas que definem o rumo da história. Elas que traçam caminhos, e é coisa de gente com coragem e sem medo de ousar.

Se o nosso objetivo é enganar as pessoas, podemos apenas usar a retórica, mas se é conquistar no cotidiano as conciências em prol de um projeto, é fazendo e é na luta que se constrói uma unidade programática, o resto, é tudo falácia e disparate alheio.

Se  o objetivo for vencer, que os meios não justifiquem o final.