quinta-feira, dezembro 06, 2012

O machismo nosso de cada dia

Tava pensando aqui, cá com meus botões, como podemos viver numa sociedade tão "homemcêntrica"? Tão machista? Tão opressora? Tão dominadora?

Nós mulheres sofremos cotidianamente, desde piadas, comentários, palavras, diversos tipo de violência, seja essa psicológica, quanto física.

Quem de nós nunca ouviu, um "cala a boca, mulher", ou "espera ai um pouquinho", "mulher é para estar no tanque" "lugar de mulher é no fogão", "mulher não é para dirigir", "mulher tem que casar", "só se sabe ser mulher se for mãe", "mulher de casa é para amar, a da rua para dar"...

Ou mesmo nunca sofreu aqueles olhares fuzilantes? Um desconforto sem tamanho?
Ou mesmo um olhar para outra mulher, e sentiu nela o desespero do pior desconforto: não poder ser livre...

Minha gente, isso dói, sabia? Isso dói, muito. Em mim, e nas outras mulheres desse mundo.

Me sinto oprimida todos os dias, com medo de falar, medo de ser reprimida.
Por mais que a "violência" não seja explícita, ela nos machuca e nos incomoda de alguma forma, é muito difícil conviver em ambientes sexistas, heteronormativos e de predominância masculina.

Pior é saber que pelo simples, simples, simples fato de ser MULHER, preciso ter que demonstrar que sou 50% vezes mais capaz que qualquer homem para ter um mínimo de reconhecimento, tenho que falar mais alto para poder ser ouvida.

Além de que parece que precisamos estar sempre simpáticas e de bom humor, maquiadas, no salto alto, e brilhantes... caso o contrário, somos apenas seres despresíveis, feias e de TPM...
A priori, eé óbvio que sim, isso é pura generalização, mas será que ninguém nunca passou por isso?

Homens mal resolvidos nos colocam uma contra as outras, nos desqualificam para se sobressair. Mulheres duplamente vítima desta lógica, confirmam isso, numa concorrência desnecessária com o nosso próprio gênero, e reforçando a ótica do centrismo masculino.

Sinceramente, me sinto totalmente ofendida e revoltada em conviver com toda essa ideologia machista e até diria moralista. Mas só digo uma coisa, eu nasci para incomodar, e vão ter que nos aturar!

Os incomodados que se incomodem!



“Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres”.
Rosa Luxemburgo

Abs.

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quinta-feira, dezembro 06, 2012

O machismo nosso de cada dia

Tava pensando aqui, cá com meus botões, como podemos viver numa sociedade tão "homemcêntrica"? Tão machista? Tão opressora? Tão dominadora?

Nós mulheres sofremos cotidianamente, desde piadas, comentários, palavras, diversos tipo de violência, seja essa psicológica, quanto física.

Quem de nós nunca ouviu, um "cala a boca, mulher", ou "espera ai um pouquinho", "mulher é para estar no tanque" "lugar de mulher é no fogão", "mulher não é para dirigir", "mulher tem que casar", "só se sabe ser mulher se for mãe", "mulher de casa é para amar, a da rua para dar"...

Ou mesmo nunca sofreu aqueles olhares fuzilantes? Um desconforto sem tamanho?
Ou mesmo um olhar para outra mulher, e sentiu nela o desespero do pior desconforto: não poder ser livre...

Minha gente, isso dói, sabia? Isso dói, muito. Em mim, e nas outras mulheres desse mundo.

Me sinto oprimida todos os dias, com medo de falar, medo de ser reprimida.
Por mais que a "violência" não seja explícita, ela nos machuca e nos incomoda de alguma forma, é muito difícil conviver em ambientes sexistas, heteronormativos e de predominância masculina.

Pior é saber que pelo simples, simples, simples fato de ser MULHER, preciso ter que demonstrar que sou 50% vezes mais capaz que qualquer homem para ter um mínimo de reconhecimento, tenho que falar mais alto para poder ser ouvida.

Além de que parece que precisamos estar sempre simpáticas e de bom humor, maquiadas, no salto alto, e brilhantes... caso o contrário, somos apenas seres despresíveis, feias e de TPM...
A priori, eé óbvio que sim, isso é pura generalização, mas será que ninguém nunca passou por isso?

Homens mal resolvidos nos colocam uma contra as outras, nos desqualificam para se sobressair. Mulheres duplamente vítima desta lógica, confirmam isso, numa concorrência desnecessária com o nosso próprio gênero, e reforçando a ótica do centrismo masculino.

Sinceramente, me sinto totalmente ofendida e revoltada em conviver com toda essa ideologia machista e até diria moralista. Mas só digo uma coisa, eu nasci para incomodar, e vão ter que nos aturar!

Os incomodados que se incomodem!



“Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres”.
Rosa Luxemburgo

Abs.

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