sábado, dezembro 22, 2012

A força do EZLN

Quem conhece a história de rebeldia do Exército Nacional de Libertação Nacional (ELZN) sabe a importância da luta. A coragem re rebeldia do povo mexicano, com base na história, na liberdade e na luta.

É a verdadeira história de resistência dos indígenas de forma armada, e o desejo da construção de uma sociedade onde haja tudo para todos. Isso foi um dia desse, na década de 90, uma história recente apagada pelo imperialismo e pela mídia que prefere mostrar o fim do mundo e a musica do Roberto Carlos.

Emiliano Zapata, um dos líderes da revolução que varreu o México a partir de 1910 recebe a homenagem um exército de lutadores com seu nome e seu exemplo de rebeldia, rumo a busca e tomada do poder, mas não só isso, e sim

"Agir de acordo com as pretensões do povo, sem se importar com o quanto isso demore"

O levante armado trata-se de uma única esperança para o povo sofrido do México.
Na luta por trabalho, terra, teto, alimentação, saúde, educação, independência, liberdade, democracia, justiça e paz.

A profissão do EZLN é a esperança. Viraram soldados para que noutro dia os soldados não sejam mais necessários. Buscando o diálogo e as formas mais democráticas de diálogo com a sociedade mexicana, o EZLN entendia o diálogo não como meio de abrir mão da própria identidade, mas sim de ouvir e falar a partir dela.


Em 19 de dezembro de 1994 o EZLN rompe o cero militar e suas tropas aparecem, da noite pro dia, em 38 novos municípios de Chiapas... estes agora são municípios autônomos em rebeldia.

O EZLN nos mostrou a possibilidade de fazermos de nossas palavras sobre a realidade uma arma que educa e desperta novas rebeldias, e que cair é parte do risco de quem decide caminhar.

"Nós, os mortos de sempre, nós, que temos de morrer para voltar a viver"

Viva Zapata.
Viva o EZLN
Viva o povo mexicano




Neste dia 21/12/2012, enquanto o mundo brincava de apocalipse, os verdadeiros descendentes dos maias, vivos e reais, nos mandaram das montanhas de Chiapas, uma importante mensagem, que surpreendeu o México hoje de manhã. Em diferentes municípios da região Sudeste, milhares de indígenas integrantes do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) iniciaram o dia em grandes marchas por diferentes estradas e cidades. A manifestação, organizada até a véspera em sigilo, foi pacífica e surpreendentemente silenciosa. Em todas as marchas, o silêncio foi absoluto. Nenhuma palavra de ordem, nenhum cântico, nenhum grito de protesto. Ao final do dia finalmente foi divulgado um comunicado oficial do líder máximo do EZLN, Subcomandante Marcus, dizendo apenas: “Escutaram? É o som do mundo de vocês desmoronando. E do nosso ressurgindo”. Como sabemos, os maias nunca falaram em “fim do mundo” (tampouco jamais conceberam essa ideia). Ao contrário, em um gigantesco silêncio, nos disseram hoje que um mundo novo, uma nova era, está começando. E que os ideais zapatistas estão de volta.

quinta-feira, dezembro 13, 2012

PCBismo

Em dezembro de 1953, conforme recorda o historiador Augusto Buonicore, o PCB abstraia a realidade e conclamava a resistência a...Vargas. Assim:

“O governo Vargas tudo faz para facilitar a penetração do capital americano em nossa terra, a crescente dominação dos imperialistas norte-americanos e a completa colonização do Brasil pelos Estados Unidos (...): “O povo brasileiro levantar-se-á contra o a
tual estado de coisas, não admitirá que o governo de Vargas reduza o Brasil a colônia dos Estados Unidos. O atual regime de exploração e opressão a serviço dos imperialistas americanos deve ser destruído e substituído por um novo regime, o regime democrático e popular”.

E é incrível como passa quase 50 anos e o discurso piegas do PCB é o mesmo.


 Sinceramente, isso chega a ser até engraçado, se não trágico.

Mas, engraçado é que os 'grandes intelectuais', que pelo menos se afirmam como, do pensamento marxista, os únicos capazes de fazer análises na base do pensamento histórico-crítico, no materialismo histórico e dialético e com citação direta de "O Kapital", nos três volumes, e ainda se dizem conhecer a categoria ontológica do ser social de Luckás...

Ah, e também são os únicos capazes, pelo menos é o que dizem, capazes de refletir sobre as relações de produção, as relações antagônicas do capital-trabalho, das leis de mercado, da relação Estado-sociedade civil, leis de mais-valia, reestruturação produtiva, imperialismo e todos os etceteras possíveis que se utiliza a dita vanguarda da luta de classes...

Mas se esquecem de categorias da dialéticas, a saber: Universalidade, Particularidade e Singularidade...

Ai todos esses etceteras de análises macroestruturantes podem ser belas, assim como INÚTEIS, se os que fazem não conseguem particularizar em plano real e cotidiano, afinal, o concreto é pensado, né?

Ahh, mas quem sou eu? A pelega, governista, Lulista, Dilmista e todos os istas da vida para fazer alguma análise??? Não tenho a benção de Ivan Pinheiro para isso, né? rsrsrsrs

Ironias a parte. Meus solenes sentimentos...

quinta-feira, dezembro 06, 2012

Versos Íntimos


Versos Íntimos
Augusto dos Anjos

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

O machismo nosso de cada dia

Tava pensando aqui, cá com meus botões, como podemos viver numa sociedade tão "homemcêntrica"? Tão machista? Tão opressora? Tão dominadora?

Nós mulheres sofremos cotidianamente, desde piadas, comentários, palavras, diversos tipo de violência, seja essa psicológica, quanto física.

Quem de nós nunca ouviu, um "cala a boca, mulher", ou "espera ai um pouquinho", "mulher é para estar no tanque" "lugar de mulher é no fogão", "mulher não é para dirigir", "mulher tem que casar", "só se sabe ser mulher se for mãe", "mulher de casa é para amar, a da rua para dar"...

Ou mesmo nunca sofreu aqueles olhares fuzilantes? Um desconforto sem tamanho?
Ou mesmo um olhar para outra mulher, e sentiu nela o desespero do pior desconforto: não poder ser livre...

Minha gente, isso dói, sabia? Isso dói, muito. Em mim, e nas outras mulheres desse mundo.

Me sinto oprimida todos os dias, com medo de falar, medo de ser reprimida.
Por mais que a "violência" não seja explícita, ela nos machuca e nos incomoda de alguma forma, é muito difícil conviver em ambientes sexistas, heteronormativos e de predominância masculina.

Pior é saber que pelo simples, simples, simples fato de ser MULHER, preciso ter que demonstrar que sou 50% vezes mais capaz que qualquer homem para ter um mínimo de reconhecimento, tenho que falar mais alto para poder ser ouvida.

Além de que parece que precisamos estar sempre simpáticas e de bom humor, maquiadas, no salto alto, e brilhantes... caso o contrário, somos apenas seres despresíveis, feias e de TPM...
A priori, eé óbvio que sim, isso é pura generalização, mas será que ninguém nunca passou por isso?

Homens mal resolvidos nos colocam uma contra as outras, nos desqualificam para se sobressair. Mulheres duplamente vítima desta lógica, confirmam isso, numa concorrência desnecessária com o nosso próprio gênero, e reforçando a ótica do centrismo masculino.

Sinceramente, me sinto totalmente ofendida e revoltada em conviver com toda essa ideologia machista e até diria moralista. Mas só digo uma coisa, eu nasci para incomodar, e vão ter que nos aturar!

Os incomodados que se incomodem!



“Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres”.
Rosa Luxemburgo

Abs.

terça-feira, dezembro 04, 2012

Para mim? CHEGA!

Vivemos num mundo de pessoas falsas, que vestem máscaras, que vivem de performances.

Estou cansada de quem vive no mundo da enviesado sobre a pseudoconcreticidade e que obrigam as outras a conviver com tanta hipocrisia e egoísmo.

Quem vive de conveniências, desejo sabe o que? Paz, pois sei que é o minimo para certo seres sem amor próprio, e principalmente sem amor aos outros, pois vivem somente 
para si. E quem não ama o próximo, não ama a si mesmo.

Querem as coisas no lugar? Mas são desorganizados e irresponsáveis.
São a priori seres perfeitos e da ordem? Mas, são uma invenção de um sistema simulado e inventado por pura conveniência, para ocultar a natureza mesquinha e sombria.

Na aparência se mostram disciplinados por virtude, mas para encobrir a negligência.
Aparenta ser um bom conciliador, mas na verdade é para encobrir todos os sentimentos reprimidos.

Cazuza pode dizer algo interessante, como:
"Não quero que finja sentimentos por mim,
não quero que segure a minha mão se tem intenção de soltá-la.
Só quero o que for verdadeiro."


E termino com o querido Mario Viviane Quintana"Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão…
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas,que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim…que valeu a pena."

Mario Quintana


Enfim, lamento.






domingo, outubro 14, 2012

As relações sociais, ou melhor, de consumo

Zygmunt Bauman, no livro "Amor líquido - Sobre a fragilidade dos laços humanos", está totalmente certo ao comparar os relacionamentos humanos (no caso específico ele fala de um relacionamento amoroso, mas podemos abranger) cada vez mais são tecidos por relações de mercado.

Com um forte processo de individualização da vida, as pessoas cada vez mais se relacionam de forma frágil e descartável. Vivemos os desejos do hoje, e queremos satisfazê-los de forma instantânea, que nem o miojo que cozinha em 3 minutos, ou que nem a facilidade do cartão de crédito, e assim vamos agindo, e nos relacionando via impulso.

O que queremos do outro é simplesmente absorver, consumir, devorar, digerir e por fim ANIQUILAR, afinal, quando não me for mais "conveniente", o que fazer com o objeto? Afinal, somos seres descartáveis.

Nessa sociedade, qualquer tipo de relacionamento é comparado a um "investimento", no sentido mais sombrio e perverso do termo. Tem que tudo dar certo, ou seja dar lucro! Tem que analisar as "condições objetivas", principalmente se envolver tempo, dinheiro, filhos...  Você "gasta tempo" e tudo mais, e quer retorno dos seus "investimentos", e melhor será se der errado, o que você investiu seja devolvido, como uma coisa qualquer do mercado, desde que se tenha a nota fiscal da mercadoria.

Nas palavras do próprio:

"Você compra ações e as mantém enquanto seu valor promete crescer, e as vende prontamente quando os lucros começam a cair ou outras ações acenam a cair ou outras ações acenam com um rendimento maior (o truque é não deixar passar o momento em que isso ocorre).



Outra coisa importante, que reforça o caráter de individualização da atual sociedade capitalista, é que se formos nós a pessoa em questão, é totalmente normal ver a outra como objeto, agora, não esperamos e nem queremos ser tratados como tal, afinal, para a outra pessoa, podemos ser a mercadoria idem, e ai, o bicho pega!

Mas, com todos os problemas de relações "líquidas", como instabilidade, atração e repulsão, contradições, de forma fluída, dolorosa, rápido e imprevisível, como se tudo isso fosse uma benção ambígua, entre o sonho e o pesadelo, quente e frio, amor e ódio... Talvez não vamos achar uma solução para esse "dilema" a curto prazo... E nem podemos descrer e sentimentos sinceros, confiáveis e verdadeiros.  

Não podemos tratar outras pessoas como objetos, se não me agrada mais, eu jogo fora e uso outro... Não somos telas em branco a espera de um pintor para jogar todas suas cores com os mais variados pincéis... Não estamos lidando com acessórios, e sim com pessoas, que tem vida, sentimentos, histórias e se propõe a se relacionar conforme a cultura dessa sociedade nos "impõe" e condiciona.. Porque não aprender a arte do reparo, ao invés da substituição e da troca? Afinal, estamos todos no mesmo barco...




Termino mais uma vez com essa frase tão sintética e coerente:

"Mas essa é a natureza do amor, comparável à do vento: fluido e arrasador."
Ferreira Gullar



Shellen Galdino
Outubro, domingo, primavera de 2012

domingo, setembro 30, 2012

Amor líquido?


"Mas essa é a natureza do amor, comparável à do vento: fluido e arrasador."

Ferreira Gullar


O Amor, seria líquido? (Como disse Bauman)
Eu não sei... Teria como saber diante da atual dinâmica da realidade e da flexibilização das relações humanas?

É difícil não ficar confusa, ou mesmo não entrar em "choque" e em "crise". Seria isso  o ônus de sonhar, e de acreditar no amor?  Mesmo que seja o da novela das 21h, ou mesmo ágape, fileo ou o de eros.

Quando nos colocamos abertos para a intimidade e nos expomos com toda a sinceridade, podemos nos sentir um pouco frágil. Como todo tipo de relacionamento, o amor na sociedade moderna pode ter uma intensidade incrível, mas também ser fluído, doloroso, ou rápido e imprevisível. Como prever o imprevisível?

É como se estivéssemos nas nossas relações um laço firme, e ao mesmo tempo frouxo. A atualidade também condiciona para que não sejamos autoconfiantes e passamos assim a ter insegurança... Quando ela é acompanhada de desejo, acaba tendo um patamar de ansiedade nada saudável, e acabar expondo ânsias opostas.

Uma delícia é sentir muita segurança e confiança em conviver com A PESSOA... daquelas que se pode contar em momentos de aflição...

Mas, quando inicia-se os "encargos" e "tensões"...  , as expectativas se quebram, a decepção toma conta, a insegurança se faz presente, a confiança é fragilizada... Como se tudo isso fosse uma benção ambígua, entre o sonho e o pesadelo, quente e frio, amor e ódio...

Um desafio aos amantes, é quando ao mesmo tempo coabita em  uma espécie de sentimento híbrido, de atração e repulsão.

‎"Não quero que finja sentimentos por mim,
não quero que segure a minha mão se tem intenção de soltá-la.
Só quero o que for verdadeiro."

Cazuza

"Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão…
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas,que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim… e que valeu a pena."

Mario Quintana


Shellen Galdino, em fins de um setembro amargo e doce. De um setembro líquido!

Que venha outubro, com muito amor e felicidade para nós.

sábado, setembro 22, 2012


E a gente promete nunca mais telefonar para quem nos faz sofrer, mas acaba telefonando, e ele atende, e implica, e a gente some, e ele chama, e a gente volta, e briga, e ama, e sofre, e ama, e ama, e ama, e desama, e termina, e quando parece que cansamos, que não há mais espaço para um novo amor, outro aparece, outro parto, começa tudo de novo, aquele ata-e-desata, o coração da gente sendo puxado para fora.




Fiquei triste o dia inteiro, aí você me procura, inevitável, acabei sorrindo ao ver você falando comigo. Droga, você também não me ajuda. Queria tanto ficar bem sem você, sem falar, sem contato, mas ao mesmo tempo quase morro quando você não me conta como foi seu dia.




O cérebro é o órgão de maior destaque. Funciona durante 24 horas, 365 dias, desde seu nascimento… Até que você se apaixona…




É, eu só lamento, sabe? Lamento ter visto muita coisa numa pessoa que não viu nada em mim.

Tati Bernardi

quinta-feira, setembro 20, 2012


Eu sei que eu posso muitas coisas sem você, e eu sei que, se eu tomar um banho quente e comprar uma roupa nova, talvez eu possa querer uma coisa que seja, só uma, sem você. Nada muda no mundo quando você não caminha ao meu lado, as pessoas quase não percebem que falta metade do meu corpo e que eu não posso ser muito simpática porque toda a minha energia está concentrada para eu não tombar.




Você me trouxe até aqui pessoa em carne em viva, exposta, maluca, ridícula, errada, neurótica, obsessiva, sempre entregue numa bandeja de ouro para os raros pensamentos elaborados e carinhos honestos do mundo, ainda que muitos desses meramente teatrais..., mas depois de 10 anos de terapia e muito cansaço do riso alheio eu preciso deixar você ir embora e virar uma daquelas adultas que saem pela rua
com pele calejada e não com o fígado à mostra. Que difícil. Estou na fase mais difícil da minha vida. Não sei não ser uma idiota e amo a idiota ainda mais do que toda a dor que ela me causa. Mas não dá mais pra sentir a vida com cinco anos de idade. E esperar que o mundo tenha carinho com isso como se o mundo não estivesse ocupado com seus cinco anos de idade também. É lindo ser idiota. É a única coisa que me levanta da cama de manhã. Mas já machuca há mais de trinta anos e simplesmente não dá mais. Tudo começou a dar defeito e a me pedir proteção. Eu escuto meus órgãos e meu cérebro e meu coração me pedindo "chega". Preciso deixar você ir...mas até pra deixar você ir, me exponho ao ridículo novamente. Como é difícil.

Tati Bernardi

terça-feira, setembro 18, 2012

...

Chega um momento da sua vida, não porque é o momento D, mas é que reflexo de um acúmulo de acontecimentos, que você cansa!

Mas, não podemos viver uma vida inteira baseada no que devia ter acontecido! Não podemos viver em função disso!

"A nossa vida é uma incerteza. Um cego que revoluteia no vazio em busca de um mundo melhor cuja existência é apenas uma suposição." 

A nossa vida além de incerta, é sempre insatisfatória, talvez parte e fruto da necessidade do homem acumular coisas e querer sempre mais, fruto do seu egoísmo. Sinto tanta dor, que nem tem mais onde doer, se tivesse como mensurar, não tinha onde caber... Sinto que a vida cada vez exige algo que eu não posso ter, talvez eu não queira também.

Nada me agrada, nada me faz bem, nada me faz feliz, é tudo uma grande indiferença, é isso, eu não me importo.. eu não me importo.   Tanto faz!

Sabe aqueles dias em que a gente tem a impressão que quer fazer uma coisa, mas as nossas atitudes apontam para caminhos contrários? Ou quando a gente diz que vai fazer uma coisa, mas faz do avesso? A palavra-chave do momento é incoerência.


“A minha saudade
é absurda 
surda e muda
sente falta daquilo
que nem sequer
aconteceu.” 

Virgínia Woolf



segunda-feira, setembro 17, 2012

"Saudade eu tenho do que não nos coube. Lamento apenas o desconhecimento daquilo que não deu tempo de repartir, você não saboreou meu suor, eu não lhe provei as lágrimas. É no líquido que somos desvendados. No gosto das coisas o amor se reconhece. O meu pior e o seu melhor, ficaram sem ser apresentados."

Martha Medeiros

"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo. Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar. Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece. Morre lentamente 
quem faz da televisão o seu guru. Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos. Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos. Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante. Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe. Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade."

— Martha Medeiros

sábado, setembro 15, 2012

“Aos poucos a gente vai mudando o foco. E o lugar nem te acrescenta mais, você começa a precisar de outros lugares. E de outras pessoas. E de bebidas mais fortes. Nem pensa. Vai indo junto com as coisas. E eu só preciso de alguns abraços queridos, a companhia suave, bate-papos que me façam sorrir, algum nível de embriaguez e a sincronicidade.
Tenho a impressão que a vida, as coisas foram me levand
o. Levando em frente, levando embora, levando aos trancos, de qualquer jeito. Sem se importarem se eu não queria mais ir...

E se me perguntarem como estou, eis a resposta: Estou indo. Sem muita bagagem. Pesos desnecessários causam sempre dores desnecessárias. Esvaziei a mala, olhei no fundo dela, limpei, e estou indo ... preenche-la com coisas novas. Sensações novas, situações novas, pessoas novas. Tudo novo ! " 





- Caio Fernando Abreu

terça-feira, setembro 11, 2012

Existe alguém dentro de mim que grita me pedindo socorro




Existe alguém dentro de mim que grita me pedindo socorro, que implora pra eu me tirar desse abismo em meu peito que cavei com minhas próprias mãos e tu me ajudastes a aprofundar. Foi por ti que me coloquei aqui, foste tu que com cada “eu te
 amo” que dizias me levava mais fundo, e eu consentia... Consentia por acreditar que palavras um dia se tornariam atitudes e que atitudes durariam até depois que você atravessasse aquela porta, até o momento do dia seguinte; por acreditar que frases ditas em momentos de amor seriam mais que meras promessas. E foi por tudo isso que me deixei cair, como se não tivesse medo de pular de um penhasco de olhos vendados sem saber o que me esperava ao chão... Eu acreditava que você estaria lá, que iria me segurar, pegar em minha mão, olhar em meus olhos e dizer: “Calma, não se preocupa, eu estava aqui o tempo todo, está tudo bem, eu vou cuidar de você”. 



Mas você não cuidou! Nem das fraturas expostas; nem da dor que causaste em meu peito; nem dos estragos que causaste em minha vida, no que eu fui e no que eu passei a ser. 



Quantas vezes eu não te mandei ir embora e quantas outras eu te pedi para ficar um pouco mais, para eu me iludir mais, me enganar mais. E quantas outras eu tentei me afastar, quantos nãos eu tive que te dizer quando decidi me encontrar e me dizer as verdades que teimei não ouvir enquanto me jogava em teus braços, me iludia com teus beijos, me deliciava com tuas palavras e me encantava com cada frase dita.
Foi nesse meu encontro que eu percebi as metades que faltavam para que um dia pudéssemos ser nós, foi quando olhei pras minhas mãos e vi os calos e feridas que se formavam enquanto eu insistia em cavar o buraco que me levou até você. Foi quando percebi que tuas metades não me pertencem e que apesar de tua voz por um segundo me fazer fechar os olhos e querer te trazer de volta, o fato de você nunca ter estado inteiro não me convence mais. 



Desculpa, mas hoje, só por hoje eu estou saindo da tua vida, estou me despedindo, estou indo embora... Encontrar mais uma vez comigo, e não com você.





Jéssica Juliana



Texto dedicado exclusicavamente para minha amiga Shellen Galdino, que me serviu de inspiração e me fez passear por estes devaneios...

segunda-feira, setembro 10, 2012

Fuba 13800

As eleições são uma conquista histórica da sociedade brasileira, que por mais de 20 anos vivenciou o período da ditadura militar, tempos estes de restrição e opressão a participação política. Além disso, se trata se um momento ímpar de diál
ogo e de apresentação de projetos para a sociedade.

Porém, ao se afirmar isso, não se nega as outras vias, pelo contrário. A luta por uma sociedade mais justa, livre e igualitária perpassa diversos setores e de diferentes formas, principalmente através das organizações coletivas e lutas sociais. Porém, é nas eleições que a sociedade se abre mais para o debate político.

Abster-se e/ou votar nulo faz parte também do direito político cidadão, mas, na atual conjuntura é perder espaço de diálogo por um projeto progressista e de interferência real na vida das pessoas.

Temos na conjuntura de João Pessoa um cenário adverso, onde, principalmente na disputa a vereança, não se tem de modo geral um projeto que seja favorável às lutas sociais, que vise a coletividade e aos menos favorecidos.

Temos um cenário onde existem centenas de candidatos, mas onde ampla maioria não defende um projeto alternativo, e pior... se tem a conjuntura onde a câmara se apresenta com uma disputa cada vez mais conservadora.

Nos últimos quatro anos, o diálogo da CMJP, de modo geral, foi bastante conflituosa e de uma maneira não tanto democrática, principalmente fruto de uma cultura autoritária que vem se implementando nos espaços públicos de João Pessoa, e mais recentemente do Estado da Paraíba. Alguns exemplos, são, ao aumento da tarifa de ônibus e a terceirização através das OSs (Organizações Sociais) das políticas públicas do município, principalmente no que se refere a saúde.

Alguns mandatos conhecidos por seu diálogo com os movimentos sociais, se deixaram levar por outros interesses, e votaram contra a demanda popular, como o caso de Sandra Marrocos (PSB), apesar das contradições desse mandato. A ampla maioria votou contra o interesse da população, e impediu que a sociedade civil organizada entrasse na CMJP. Os candidatos que votaram contra, não votaram em nome da população, mas por oposição fútil, ou seja, oportunismo, pois se fossem da situação, teriam votado a favor.

Precisamos eleger e construir um mandato popular, que seja construído em prol da coletividade, que tenha autonomia e que faça um diálogo sobre os projetos que interessam a juventude, as mulheres e aos demais trabalhadores e diversos segmentos que visam transformação social. Precisamos de uma candidatura que seja leve, porém combativa, que tenha capacidade de agregar. Que seja aberta aos movimentos sociais, ao diálogo sobre cultura, juventude, diversidade e direitos humanos, meio-ambiente e turismo. Um mandato que se aproxime das lutas populares.

Conhecer é o primeiro passo para decidir!

Conheça Fuba 13800 e suas propostas!

Acesse: www.fuba13800.com.br
Curta: http://www.facebook.com/fuba13800
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quarta-feira, setembro 05, 2012

A matemática dos amantes

O amor é uma linha tênue?

Para usar um pouco de racionalidade, digo um talvez!
Uma coisa é certa: o amor não é uma linha, e se o for, é uma linear cheia de linhas não lineares e contraditórias. Linhas que se ramificam com a raiz de um árvore. A árvore, o caule e seus galhos e suas folhas buscam a luz, o sol, a fotossíntese e cresce numa só direção, mesmo com contradições
 e irregularidades, a raiz cresce para baixo, para vários lugares, várias direções, ao mesmo tempo, de maneira desequilibrada, talvez seja isso o amor, um rizoma arquitetonicamente não planejado pelas forças da natureza.

As linhas não lineares não seguem uma constante, assim como o amor não é um caminho simples... Talvez, isso seja o tempero a mais desse sentimento que tanto machuca a alma humana, mas que ao mesmo tempo gera lindos sentimentos de necessidade, desejo e confiança. Fica no desequilíbrio, entre positivo e negativo, entre quente e frio, assim, entre opostos não diferentes, entre contentes que se descontentam em não estar presente. Se não for positivo e se não for negativo, é a morte, é zero. Zero é morte, sem movimento, sem pulsação, sem contradição, sem movimento, sem superação e sem vida!

Existe algo mais parecido com o amor, do que a morte?

Hell

sexta-feira, agosto 31, 2012

Não importa aonde você parou...
Em que momento da vida você cansou...
O que importa é que sempre é possível e necessário "Recomeçar".
Recomeçar é dar uma chance a si mesmo...
É renovar as esperanças na vida e o mais importante...
Acreditar em você de novo.
Sofreu muito nesse período?
Foi aprendizado...
Chorou muito?
Foi limpeza da alma...
Ficou com raiva das pessoas?
Foi para perdoá-las um dia...
Sentiu-se só por diversas vezes?
É porque você fechou as portas até para os anjos...
Acreditou que tudo estava perdido?
Era o início da sua melhora...
Pois é...
Agora é hora de reiniciar...
De pensar na luz...
De encontrar prazer nas coisas mais simples de novo...
Que tal um novo emprego?
Um corte de cabelo arrojado...
Diferente?
Um novo curso...
Ou aquele velho desejo de aprender a pintar...
Desenhar...
Dominar o computador...
Ou qualquer outra coisa...
Olha quanto desafio...
Quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus, o esperando.
Está se sentindo sozinho?
Besteira...
Tem tanta gente que você afastou com o seu "período de isolamento"...
Tem tanta gente esperando apenas um sorriso seu para "chegar" perto de você.
Quando nos trancamos na tristeza...
Nem nós mesmos nos suportamos...
Ficamos horríveis...
O mal humor vai comendo nosso fígado...
Até a boca fica amarga!
Recomeçar...
Hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde você quer chegar?
Ir alto...
Sonhe alto...
Queira o melhor do melhor...
Queira coisas boas para a vida...
Pensando assim trazemos para nós aquilo que desejamos...
Se pensamos pequeno...
Coisas pequenas teremos...
Já se desejarmos fortemente o melhor e, principalmente, lutarmos pelo melhor, o melhor vai se instalar na nossa vida.
E é o hoje o dia da faxina mental...
Joga fora tudo que te prende ao passado...
Ao mundinho de coisas tristes...
Fotos...
Peças de roupa, papel de bala...
Ingressos de cinema, bilhete de viagens...
E toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados...
Jogue tudo fora...
Mas, principalmente, esvazie seu coração...
Fique pronto para a vida...
Para um novo amor...
Lembre-se: somos apaixonáveis...
Somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes...
Afinal de contas...
Nós somos o "Amor".
"Sou do tamanho daquilo que vejo e não do tamanho da minha altura".
Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, agosto 29, 2012

A vida me ensinou a dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração,sorrir às pessoas que não gostam de mim, para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam,calar-me para ouvir, aprender com meus erros,afinal, eu posso ser sempre melhor! Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, Para que eu possa acreditar que tudo vai mudar,a abrir minhas janelas para o amor.E não temer o futuro,A lutar contra as injustiças.Sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo. Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade.Para que eu possa acreditar que tudo vai mudar. 

(Charles Chaplin)

Sempre fui sentimental

"Sempre fui sentimental e nunca levei adiante relações em que não estivesse emocionalmente envolvida, e por mais que eu pareça ser durona, é apenas fachada. Só eu sei o quanto já sonhei em ser uma princesa resgatada da torre de um castelo."
Martha Medeiros
"... Amar dói tanto que você fica humilde e olha de verdade para o mundo, mas ao mesmo tempo fica gigante e sente a dor da humanidade inteira. Amar dói tanto que não dói mais, como toda dor que de tão insuportável produz anestesia própria..."


Tati Bernardi

terça-feira, agosto 28, 2012

O tal do CFA, Caio Fernando Abreu, e um de suas belas reflexões diz que a felicidades tá logo ali na frente, mas não conseguimos ver porque existe uma montanha de dor, mas que iremos continuar a caminhada e um dia, tchran, a felicidade estará lá, de braços abertos nos esperando.

Infelizmente, não acredito :)

Mas, sinceramente, espero que sim!
Porém, acredito que a vida é a própria montanha, ou 
seja, enquanto vivemos existe essa montanha de dor, a vida como é insatisfatória e cheia de contradições vive uma linha tênue de amor e ódio, alegria e tristeza, ou mesmo sem dualismo, tudo ao mesmo tempo, na pura dialética que é a vida, que é viver, determinando coisas, sofrendo determinações... Se a vida é a própria montanha, e é a tal dor e o sofrimento, isso não significa que nas trilhas e caminhos da montanha não existam belas árvores com sombra imensa de macieiras, ou de ipês amarelos e rosas, ou mesmo de mangueiras com mangas enormes e doces, daquelas que a gente se lambusa com vontade, e paramos um pouco ali vivendo lentamente.. cada momento, aproveitando aquela oportunidade, aquela possibilidade ... sendo feliz, mas depois precisamos seguir adiante, e tem grandes espinhos, bichos, lagos a atravessar, é a vida, afina e desafina, esquenta e esfria... como diz Guimarães Rosa:

O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem

João Guimarães Rosa

E acrescento, o que ela quer é coragem, ousadia e vibração! Faça seu coração vibrar!

domingo, agosto 26, 2012

"Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de in
ventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada."

Fabricio Carpinejar
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos." (Charles Chaplin)

sábado, agosto 25, 2012

Eles se amam. Todo mundo sabe mas ninguém acredita. Não conseguem ficar juntos. Simples. Complexo. Quase impossivel. Ele continua vivendo sua vidinha idealizada e ela continua idealizando sua vidinha. Alguns dizem que isso jamais daria certo. Outros dizem que foram feitos um para o outro. Eles preferem não dizer nada. Preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas. Ela quer atitudes, ele quer ela. Todas as noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela. E assim vão vivendo até quando a vontade de estar com o outro for maior do que os outros. Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro. E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é dificil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles. E todos os dias eles se perguntam o que fazer. E imaginam os abraços, as noites com dores nas costas esquecidas pelo primeiro sorriso do outro. E que no momento certo se reencontrem e que nada, nada seja por acaso.


Tati Bernardi

...

http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&NR=1&v=Wss27HmVwDM



Te vejo errando e isso não é pecado,
Exceto quando faz outra pessoa sangrar
Te vejo sonhando e isso dá medo
Perdido num mundo que não dá pra entrar
Você está saindo da minha vida
E parece que vai demorar
Se não souber voltar ao menos mande notícias
"Cê" acha que eu sou louca
Mas tudo vai se encaixar
Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
Você tá sempre indo e vindo, tudo bem
Dessa vez eu já vesti minha armadura
E mesmo que nada funcione
Eu estarei de pé, de queixo erguido
Depois você me vê vermelha e acha graça
Mas eu não ficaria bem na sua estante
Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres e outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
Só por hoje não quero mais te ver
Só por hoje não vou tomar minha dose de você
Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se
Curam (não)
E essa abstinência uma hora vai passar

quinta-feira, agosto 23, 2012

Temos que disputar a UNE!

Aos que dizem que voltar a UNE é um retrocesso, segue algumas reflexões no calor da emoção.



Retrocesso é, companheir@s, não enxergar as contradições no processos de correlação de forças e de disputa da nossa entidade histórica e reconhecida. 

Retrocesso é fazer birra com a decisão política dos companheiros. Retrocesso é a ENESSO, que ficam no lupem-proletariado de não reconhecer nenhuma entidade e ficar no ostracismo de não ter nenhuma vinculação com o ME geral, já que  o FENEX, infelizmente está longe de ser um fórum atuante e combativo, na prática, por que no discurso....


Voltar a UNE não significa não ter dicernimento político ou mesmo deixar de fazer críticas ao governo, ora cara pálida. 
Acredito que a ANEL deva ter críticas ao PSTU e a CSP-Conlutas, assim a UNE o tem também, afinal, e tem muito mais contradição, afinal a forma de direção da UNE permite que vários grupos políticos disputem seu rumo, apesar que é inegável o aparelhamento constante da UJS, bem, mas para quem já teve José Serra na presidência, né?

A UNE é uma entidade histórica dos estudantes, é um dever de classe disputar os rumos da entidade e não abandoná-la. Sair da disputa, é no mínimo irresponsabilidade. Infelizmente algumas birras pequeno-burguesas de alguns partidos por sede de direção e crise de "ai, não me representa" leva a equívocos históricos.

Só uma entidade popular e massificada é capaz de proporcionar lutar concretas e com impacto na sociedade burguesa contra a opressão do grande capitalismo e dos barões da educação.  E essa entidade, para  o "bem" e para  o "mau" é a União Nacional dos Estudantes. Cabe-nos, enquanto militantes, usando da nossa prática como ato pedagógico mostrar os problemas, propor alternativas e disputar os rumos.

E isso se faz com participação. O ERRO da ANEL já foi constatado, nos seus anos de existência enquanto ANEL, ou mesmo antes enquanto um outro nome que não me lembro (CONLUTE???), mostram que: CRIAR UMA NOVA ENTIDADE NÃO RESOLVE OS PROBLEMAS DE CORRELAÇÃO DE FORÇAS DO MOVIMENTO ESTUDANTIL E DA LUTA DE CLASSES.

Sabe quais os reais problemas do ME? 
Bem, acho que não. Para vocês é a direção e a vanguarda da luta, né? O problema é de direção? 

Bem, o real problema do ME é que temos hoje, quer vocês queiram, quer vocês não queiram, uma popularização das universidades, tanto públicas através do REUNI, quanto das particulares, através do PROUNI/FIES. Tendo isso em mente, vocês acham que a melhor maneira é o ataque a esses programas do governo (e de maneira indireta a quem é beneficiado), Bem, acho que devem ser sim problematizados, mas, a crítica é mal feita e superficial. Enfim, não irei entrar nesse debate, mas vejam, vocês esquecem de dialogar com esse estudante, e acabam somente dialogando com um meio grupinho, uns mil no máximo, que vai pro Rio de Janeiro para a assembleia nacional da ANEL e ficam lá gritando palavras de ordem e se achando o último reduto de revolucioanários com um purismo assim, que parece até piada. (Por incrível que pareça, eu já participei de espaços da ANEL), e se esquecem dos milhares de estudantes que não estão nem ai pro que vocês estão falando, então, para resumir é: quando não se dialoga com  a classe trabalhadora, estamos fadados ao isolamento social.

Enquanto, também, o ME for visto por alguns partidos como celeiros de militantes, este não cumprirá outro papel, se não o de auto-construção, por exemplo a ANEL é uma entidade para isso, na minha avaliação. Afinal, ou se é do PSTU ou é do racha do barricadas ou é "independente". Ai me fala, aparelhamento de esquerda é diferente de aparelhamento da UJS? rsrsrsrs


Para terminar, segue trecho da nota da CP/SP

"Quanto maior o envolvimento organizado das forças do projeto popular, melhores serão as condições para que essa luta se reflita numa melhoria na balança da correlação de forças contra o nosso inimigo: a burguesia, as elites e seus projetos de submissão, exploração e injustiça."

sábado, agosto 18, 2012

"Você se cansa de amores incompletos, de amores platônicos, de falta de amor, de excesso disso e daquilo. Se cansa do “apesar de”. Se cansa do rabo entre as pernas, da sensação de estar sendo prejudicado, se cansa do “a vida é assim mesmo”. Você se cansa de esperar, de rezar, de aguardar, de ter esperanças, cansa do frio na barriga, cansa da falta de sono. Você se cansa da hipocrisia, da falsidade, da ameaça constante, se cansa da estupidez, da apatia, da angústia, da insatisfação, da injustiça, do frenesi, da busca impossível e infinita de algo que não sabe o que é. Se cansa da sensação de não poder parar."
"Não gosto do fácil, nem do supérfluo, tão pouco de hipocrisias e mediocridades,
Não sou de usar máscaras em meu rosto para mostrar meu verdadeiro eu,
Sou bem resolvida!
Amo-me assim: Devassa e sem preconceitos.
Se me entrego é por prazer, por afeto, por amor...
Insana são as que se fazem de santas!
Quero o tudo para agora,
Amanhã já não sei mais quem sou.
Meu tempo é pouco; minhas necessidades, muitas.
Vivo o momento com toda intensidade e como se fosse à última vez.
O perigo está em ficar escondida em seu mundo particular.
Jogue-se!!! A vida é bela e única!
Não tenha medo dos falsos moralistas!
A vida é só SUA!!!
Não deixe nada por dizer ou por acontecer...
O momento é o AGORA."

Miriam Lewer

E você, por que desvia o olhar?



A SÍNDROME DOS VINTE E TANTOS ANOS...

Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos.

Dá-se conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo,
 namorado(a) etc.. E cada vez desfruta mais dessa cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco....

As multidões já não são ‘tão divertidas’, às vezes...... até lhe incomodam.

Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo.
Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas.

Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor.

Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto e te achou o maior infantil, pôde lhe fazer tanto mal.

Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar, e isso assusta!

Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado e significa muito dinheiro para seu pequeno salário.

Olha para o seu trabalho e, talvez, não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo.

Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer.
Suas opiniões se tornam mais fortes.

Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é. Às vezes, você se sente genial e invencível, outras… Apenas com medo e confuso.

De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando.

Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro… E com construir uma vida para você.

E enquanto ganhar a carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela.

O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse texto nos identificamos com ele. Todos nós que temos ‘vinte e tantos’ e gostaríamos de voltar aos 15-16 algumas vezes.

Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça…

Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos… Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro. Parece que foi ontem que tínhamos 16…

Então, amanha teremos 30?!?! Assim tão rápido?!?
Todas as vezes que te vi, nesses últimos 2 anos, eu sempre me apaixonei por você. Eu sempre estive pronta pra começar algo, pra tomar um café de verdade, pra passear de mãos dadas no claro, pra poder te apresentar ao sol sem receber olhares curiosos… E você sempre ignorou esse fato, seguindo seu caminho. Eu nunca vou entender. Eu nunca vou saber porque a vida é assim.

E fico triste novamente. Eu 
achei que quando passasse o tempo, eu achei que quando eu finalmente te visse tão livre, tão forte e tão indiferente, eu achei que quando eu sentisse o fim, eu achei que passaria. Não passa nunca, mas quase passa todos os dias. Chorar deixou de ser uma necessidade e virou apenas uma iminência. Sofrer deixou de ser algo maior do que eu e passou a ser um pontinho ali, no mesmo lugar, incomodando a cada segundo, me lembrando o tempo todo que aquele pontinho é um resto, um quase não pontinho. Você, que já foi tudo e mais um pouco, é agora um quase. Um quase que não me deixa ser inteira em nada, plena em nada, tranqüila em nada, feliz em nada.





Tati Bernardi

Indo

Se me perguntarem como estou, eis a resposta: Estou indo. Sem muita bagagem. Pesos desnecessários causam sempre dores desnecessárias. Esvaziei a mala, olhei no fundo dela, limpei e estou indo preenche-la com coisas novas. Sensações novas, situações novas, pessoas novas. Tudo novo." 

Caio Fernando de Abreu

sexta-feira, agosto 17, 2012

Ouse, sonhe e deseje!

‎"Mudam-se os tempos, 
Mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança,
Todo mundo é composto de mudança
Tomando sempre novas qualidades."
(Luís Vaz de Camões)


-


Pena que nem sempre as pessoas conseguem avançar nas contradições, ficam presas nos falsos consensos, na zona de conforto e não se deixam permitir ousar, sonhar e desejar. 
Quando se tem medo de mudanças, definitivamente não se pode ser feliz, e rogo essa praga sem peso na consciência.

 Mais do mesmo ao invés de mesmo do mais. 

Se não nos abrirmos para as mudanças e para a confiança, continuaremos nos mesmos erros e nas mesmas angústias, e pior, nos mesmos dilemas.

Mentir para si mesmo, e para os outros é negar a própria felicidade...

Deixe se permitir...

sábado, dezembro 22, 2012

A força do EZLN

Quem conhece a história de rebeldia do Exército Nacional de Libertação Nacional (ELZN) sabe a importância da luta. A coragem re rebeldia do povo mexicano, com base na história, na liberdade e na luta.

É a verdadeira história de resistência dos indígenas de forma armada, e o desejo da construção de uma sociedade onde haja tudo para todos. Isso foi um dia desse, na década de 90, uma história recente apagada pelo imperialismo e pela mídia que prefere mostrar o fim do mundo e a musica do Roberto Carlos.

Emiliano Zapata, um dos líderes da revolução que varreu o México a partir de 1910 recebe a homenagem um exército de lutadores com seu nome e seu exemplo de rebeldia, rumo a busca e tomada do poder, mas não só isso, e sim

"Agir de acordo com as pretensões do povo, sem se importar com o quanto isso demore"

O levante armado trata-se de uma única esperança para o povo sofrido do México.
Na luta por trabalho, terra, teto, alimentação, saúde, educação, independência, liberdade, democracia, justiça e paz.

A profissão do EZLN é a esperança. Viraram soldados para que noutro dia os soldados não sejam mais necessários. Buscando o diálogo e as formas mais democráticas de diálogo com a sociedade mexicana, o EZLN entendia o diálogo não como meio de abrir mão da própria identidade, mas sim de ouvir e falar a partir dela.


Em 19 de dezembro de 1994 o EZLN rompe o cero militar e suas tropas aparecem, da noite pro dia, em 38 novos municípios de Chiapas... estes agora são municípios autônomos em rebeldia.

O EZLN nos mostrou a possibilidade de fazermos de nossas palavras sobre a realidade uma arma que educa e desperta novas rebeldias, e que cair é parte do risco de quem decide caminhar.

"Nós, os mortos de sempre, nós, que temos de morrer para voltar a viver"

Viva Zapata.
Viva o EZLN
Viva o povo mexicano




Neste dia 21/12/2012, enquanto o mundo brincava de apocalipse, os verdadeiros descendentes dos maias, vivos e reais, nos mandaram das montanhas de Chiapas, uma importante mensagem, que surpreendeu o México hoje de manhã. Em diferentes municípios da região Sudeste, milhares de indígenas integrantes do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) iniciaram o dia em grandes marchas por diferentes estradas e cidades. A manifestação, organizada até a véspera em sigilo, foi pacífica e surpreendentemente silenciosa. Em todas as marchas, o silêncio foi absoluto. Nenhuma palavra de ordem, nenhum cântico, nenhum grito de protesto. Ao final do dia finalmente foi divulgado um comunicado oficial do líder máximo do EZLN, Subcomandante Marcus, dizendo apenas: “Escutaram? É o som do mundo de vocês desmoronando. E do nosso ressurgindo”. Como sabemos, os maias nunca falaram em “fim do mundo” (tampouco jamais conceberam essa ideia). Ao contrário, em um gigantesco silêncio, nos disseram hoje que um mundo novo, uma nova era, está começando. E que os ideais zapatistas estão de volta.

quinta-feira, dezembro 13, 2012

PCBismo

Em dezembro de 1953, conforme recorda o historiador Augusto Buonicore, o PCB abstraia a realidade e conclamava a resistência a...Vargas. Assim:

“O governo Vargas tudo faz para facilitar a penetração do capital americano em nossa terra, a crescente dominação dos imperialistas norte-americanos e a completa colonização do Brasil pelos Estados Unidos (...): “O povo brasileiro levantar-se-á contra o a
tual estado de coisas, não admitirá que o governo de Vargas reduza o Brasil a colônia dos Estados Unidos. O atual regime de exploração e opressão a serviço dos imperialistas americanos deve ser destruído e substituído por um novo regime, o regime democrático e popular”.

E é incrível como passa quase 50 anos e o discurso piegas do PCB é o mesmo.


 Sinceramente, isso chega a ser até engraçado, se não trágico.

Mas, engraçado é que os 'grandes intelectuais', que pelo menos se afirmam como, do pensamento marxista, os únicos capazes de fazer análises na base do pensamento histórico-crítico, no materialismo histórico e dialético e com citação direta de "O Kapital", nos três volumes, e ainda se dizem conhecer a categoria ontológica do ser social de Luckás...

Ah, e também são os únicos capazes, pelo menos é o que dizem, capazes de refletir sobre as relações de produção, as relações antagônicas do capital-trabalho, das leis de mercado, da relação Estado-sociedade civil, leis de mais-valia, reestruturação produtiva, imperialismo e todos os etceteras possíveis que se utiliza a dita vanguarda da luta de classes...

Mas se esquecem de categorias da dialéticas, a saber: Universalidade, Particularidade e Singularidade...

Ai todos esses etceteras de análises macroestruturantes podem ser belas, assim como INÚTEIS, se os que fazem não conseguem particularizar em plano real e cotidiano, afinal, o concreto é pensado, né?

Ahh, mas quem sou eu? A pelega, governista, Lulista, Dilmista e todos os istas da vida para fazer alguma análise??? Não tenho a benção de Ivan Pinheiro para isso, né? rsrsrsrs

Ironias a parte. Meus solenes sentimentos...

quinta-feira, dezembro 06, 2012

Versos Íntimos


Versos Íntimos
Augusto dos Anjos

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

O machismo nosso de cada dia

Tava pensando aqui, cá com meus botões, como podemos viver numa sociedade tão "homemcêntrica"? Tão machista? Tão opressora? Tão dominadora?

Nós mulheres sofremos cotidianamente, desde piadas, comentários, palavras, diversos tipo de violência, seja essa psicológica, quanto física.

Quem de nós nunca ouviu, um "cala a boca, mulher", ou "espera ai um pouquinho", "mulher é para estar no tanque" "lugar de mulher é no fogão", "mulher não é para dirigir", "mulher tem que casar", "só se sabe ser mulher se for mãe", "mulher de casa é para amar, a da rua para dar"...

Ou mesmo nunca sofreu aqueles olhares fuzilantes? Um desconforto sem tamanho?
Ou mesmo um olhar para outra mulher, e sentiu nela o desespero do pior desconforto: não poder ser livre...

Minha gente, isso dói, sabia? Isso dói, muito. Em mim, e nas outras mulheres desse mundo.

Me sinto oprimida todos os dias, com medo de falar, medo de ser reprimida.
Por mais que a "violência" não seja explícita, ela nos machuca e nos incomoda de alguma forma, é muito difícil conviver em ambientes sexistas, heteronormativos e de predominância masculina.

Pior é saber que pelo simples, simples, simples fato de ser MULHER, preciso ter que demonstrar que sou 50% vezes mais capaz que qualquer homem para ter um mínimo de reconhecimento, tenho que falar mais alto para poder ser ouvida.

Além de que parece que precisamos estar sempre simpáticas e de bom humor, maquiadas, no salto alto, e brilhantes... caso o contrário, somos apenas seres despresíveis, feias e de TPM...
A priori, eé óbvio que sim, isso é pura generalização, mas será que ninguém nunca passou por isso?

Homens mal resolvidos nos colocam uma contra as outras, nos desqualificam para se sobressair. Mulheres duplamente vítima desta lógica, confirmam isso, numa concorrência desnecessária com o nosso próprio gênero, e reforçando a ótica do centrismo masculino.

Sinceramente, me sinto totalmente ofendida e revoltada em conviver com toda essa ideologia machista e até diria moralista. Mas só digo uma coisa, eu nasci para incomodar, e vão ter que nos aturar!

Os incomodados que se incomodem!



“Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres”.
Rosa Luxemburgo

Abs.

terça-feira, dezembro 04, 2012

Para mim? CHEGA!

Vivemos num mundo de pessoas falsas, que vestem máscaras, que vivem de performances.

Estou cansada de quem vive no mundo da enviesado sobre a pseudoconcreticidade e que obrigam as outras a conviver com tanta hipocrisia e egoísmo.

Quem vive de conveniências, desejo sabe o que? Paz, pois sei que é o minimo para certo seres sem amor próprio, e principalmente sem amor aos outros, pois vivem somente 
para si. E quem não ama o próximo, não ama a si mesmo.

Querem as coisas no lugar? Mas são desorganizados e irresponsáveis.
São a priori seres perfeitos e da ordem? Mas, são uma invenção de um sistema simulado e inventado por pura conveniência, para ocultar a natureza mesquinha e sombria.

Na aparência se mostram disciplinados por virtude, mas para encobrir a negligência.
Aparenta ser um bom conciliador, mas na verdade é para encobrir todos os sentimentos reprimidos.

Cazuza pode dizer algo interessante, como:
"Não quero que finja sentimentos por mim,
não quero que segure a minha mão se tem intenção de soltá-la.
Só quero o que for verdadeiro."


E termino com o querido Mario Viviane Quintana"Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão…
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas,que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim…que valeu a pena."

Mario Quintana


Enfim, lamento.






domingo, outubro 14, 2012

As relações sociais, ou melhor, de consumo

Zygmunt Bauman, no livro "Amor líquido - Sobre a fragilidade dos laços humanos", está totalmente certo ao comparar os relacionamentos humanos (no caso específico ele fala de um relacionamento amoroso, mas podemos abranger) cada vez mais são tecidos por relações de mercado.

Com um forte processo de individualização da vida, as pessoas cada vez mais se relacionam de forma frágil e descartável. Vivemos os desejos do hoje, e queremos satisfazê-los de forma instantânea, que nem o miojo que cozinha em 3 minutos, ou que nem a facilidade do cartão de crédito, e assim vamos agindo, e nos relacionando via impulso.

O que queremos do outro é simplesmente absorver, consumir, devorar, digerir e por fim ANIQUILAR, afinal, quando não me for mais "conveniente", o que fazer com o objeto? Afinal, somos seres descartáveis.

Nessa sociedade, qualquer tipo de relacionamento é comparado a um "investimento", no sentido mais sombrio e perverso do termo. Tem que tudo dar certo, ou seja dar lucro! Tem que analisar as "condições objetivas", principalmente se envolver tempo, dinheiro, filhos...  Você "gasta tempo" e tudo mais, e quer retorno dos seus "investimentos", e melhor será se der errado, o que você investiu seja devolvido, como uma coisa qualquer do mercado, desde que se tenha a nota fiscal da mercadoria.

Nas palavras do próprio:

"Você compra ações e as mantém enquanto seu valor promete crescer, e as vende prontamente quando os lucros começam a cair ou outras ações acenam a cair ou outras ações acenam com um rendimento maior (o truque é não deixar passar o momento em que isso ocorre).



Outra coisa importante, que reforça o caráter de individualização da atual sociedade capitalista, é que se formos nós a pessoa em questão, é totalmente normal ver a outra como objeto, agora, não esperamos e nem queremos ser tratados como tal, afinal, para a outra pessoa, podemos ser a mercadoria idem, e ai, o bicho pega!

Mas, com todos os problemas de relações "líquidas", como instabilidade, atração e repulsão, contradições, de forma fluída, dolorosa, rápido e imprevisível, como se tudo isso fosse uma benção ambígua, entre o sonho e o pesadelo, quente e frio, amor e ódio... Talvez não vamos achar uma solução para esse "dilema" a curto prazo... E nem podemos descrer e sentimentos sinceros, confiáveis e verdadeiros.  

Não podemos tratar outras pessoas como objetos, se não me agrada mais, eu jogo fora e uso outro... Não somos telas em branco a espera de um pintor para jogar todas suas cores com os mais variados pincéis... Não estamos lidando com acessórios, e sim com pessoas, que tem vida, sentimentos, histórias e se propõe a se relacionar conforme a cultura dessa sociedade nos "impõe" e condiciona.. Porque não aprender a arte do reparo, ao invés da substituição e da troca? Afinal, estamos todos no mesmo barco...




Termino mais uma vez com essa frase tão sintética e coerente:

"Mas essa é a natureza do amor, comparável à do vento: fluido e arrasador."
Ferreira Gullar



Shellen Galdino
Outubro, domingo, primavera de 2012

domingo, setembro 30, 2012

Amor líquido?


"Mas essa é a natureza do amor, comparável à do vento: fluido e arrasador."

Ferreira Gullar


O Amor, seria líquido? (Como disse Bauman)
Eu não sei... Teria como saber diante da atual dinâmica da realidade e da flexibilização das relações humanas?

É difícil não ficar confusa, ou mesmo não entrar em "choque" e em "crise". Seria isso  o ônus de sonhar, e de acreditar no amor?  Mesmo que seja o da novela das 21h, ou mesmo ágape, fileo ou o de eros.

Quando nos colocamos abertos para a intimidade e nos expomos com toda a sinceridade, podemos nos sentir um pouco frágil. Como todo tipo de relacionamento, o amor na sociedade moderna pode ter uma intensidade incrível, mas também ser fluído, doloroso, ou rápido e imprevisível. Como prever o imprevisível?

É como se estivéssemos nas nossas relações um laço firme, e ao mesmo tempo frouxo. A atualidade também condiciona para que não sejamos autoconfiantes e passamos assim a ter insegurança... Quando ela é acompanhada de desejo, acaba tendo um patamar de ansiedade nada saudável, e acabar expondo ânsias opostas.

Uma delícia é sentir muita segurança e confiança em conviver com A PESSOA... daquelas que se pode contar em momentos de aflição...

Mas, quando inicia-se os "encargos" e "tensões"...  , as expectativas se quebram, a decepção toma conta, a insegurança se faz presente, a confiança é fragilizada... Como se tudo isso fosse uma benção ambígua, entre o sonho e o pesadelo, quente e frio, amor e ódio...

Um desafio aos amantes, é quando ao mesmo tempo coabita em  uma espécie de sentimento híbrido, de atração e repulsão.

‎"Não quero que finja sentimentos por mim,
não quero que segure a minha mão se tem intenção de soltá-la.
Só quero o que for verdadeiro."

Cazuza

"Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão…
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas,que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim… e que valeu a pena."

Mario Quintana


Shellen Galdino, em fins de um setembro amargo e doce. De um setembro líquido!

Que venha outubro, com muito amor e felicidade para nós.

sábado, setembro 22, 2012


E a gente promete nunca mais telefonar para quem nos faz sofrer, mas acaba telefonando, e ele atende, e implica, e a gente some, e ele chama, e a gente volta, e briga, e ama, e sofre, e ama, e ama, e ama, e desama, e termina, e quando parece que cansamos, que não há mais espaço para um novo amor, outro aparece, outro parto, começa tudo de novo, aquele ata-e-desata, o coração da gente sendo puxado para fora.




Fiquei triste o dia inteiro, aí você me procura, inevitável, acabei sorrindo ao ver você falando comigo. Droga, você também não me ajuda. Queria tanto ficar bem sem você, sem falar, sem contato, mas ao mesmo tempo quase morro quando você não me conta como foi seu dia.




O cérebro é o órgão de maior destaque. Funciona durante 24 horas, 365 dias, desde seu nascimento… Até que você se apaixona…




É, eu só lamento, sabe? Lamento ter visto muita coisa numa pessoa que não viu nada em mim.

Tati Bernardi

quinta-feira, setembro 20, 2012


Eu sei que eu posso muitas coisas sem você, e eu sei que, se eu tomar um banho quente e comprar uma roupa nova, talvez eu possa querer uma coisa que seja, só uma, sem você. Nada muda no mundo quando você não caminha ao meu lado, as pessoas quase não percebem que falta metade do meu corpo e que eu não posso ser muito simpática porque toda a minha energia está concentrada para eu não tombar.




Você me trouxe até aqui pessoa em carne em viva, exposta, maluca, ridícula, errada, neurótica, obsessiva, sempre entregue numa bandeja de ouro para os raros pensamentos elaborados e carinhos honestos do mundo, ainda que muitos desses meramente teatrais..., mas depois de 10 anos de terapia e muito cansaço do riso alheio eu preciso deixar você ir embora e virar uma daquelas adultas que saem pela rua
com pele calejada e não com o fígado à mostra. Que difícil. Estou na fase mais difícil da minha vida. Não sei não ser uma idiota e amo a idiota ainda mais do que toda a dor que ela me causa. Mas não dá mais pra sentir a vida com cinco anos de idade. E esperar que o mundo tenha carinho com isso como se o mundo não estivesse ocupado com seus cinco anos de idade também. É lindo ser idiota. É a única coisa que me levanta da cama de manhã. Mas já machuca há mais de trinta anos e simplesmente não dá mais. Tudo começou a dar defeito e a me pedir proteção. Eu escuto meus órgãos e meu cérebro e meu coração me pedindo "chega". Preciso deixar você ir...mas até pra deixar você ir, me exponho ao ridículo novamente. Como é difícil.

Tati Bernardi

terça-feira, setembro 18, 2012

...

Chega um momento da sua vida, não porque é o momento D, mas é que reflexo de um acúmulo de acontecimentos, que você cansa!

Mas, não podemos viver uma vida inteira baseada no que devia ter acontecido! Não podemos viver em função disso!

"A nossa vida é uma incerteza. Um cego que revoluteia no vazio em busca de um mundo melhor cuja existência é apenas uma suposição." 

A nossa vida além de incerta, é sempre insatisfatória, talvez parte e fruto da necessidade do homem acumular coisas e querer sempre mais, fruto do seu egoísmo. Sinto tanta dor, que nem tem mais onde doer, se tivesse como mensurar, não tinha onde caber... Sinto que a vida cada vez exige algo que eu não posso ter, talvez eu não queira também.

Nada me agrada, nada me faz bem, nada me faz feliz, é tudo uma grande indiferença, é isso, eu não me importo.. eu não me importo.   Tanto faz!

Sabe aqueles dias em que a gente tem a impressão que quer fazer uma coisa, mas as nossas atitudes apontam para caminhos contrários? Ou quando a gente diz que vai fazer uma coisa, mas faz do avesso? A palavra-chave do momento é incoerência.


“A minha saudade
é absurda 
surda e muda
sente falta daquilo
que nem sequer
aconteceu.” 

Virgínia Woolf



segunda-feira, setembro 17, 2012

"Saudade eu tenho do que não nos coube. Lamento apenas o desconhecimento daquilo que não deu tempo de repartir, você não saboreou meu suor, eu não lhe provei as lágrimas. É no líquido que somos desvendados. No gosto das coisas o amor se reconhece. O meu pior e o seu melhor, ficaram sem ser apresentados."

Martha Medeiros

"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo. Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar. Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece. Morre lentamente 
quem faz da televisão o seu guru. Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos. Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos. Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante. Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe. Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade."

— Martha Medeiros

sábado, setembro 15, 2012

“Aos poucos a gente vai mudando o foco. E o lugar nem te acrescenta mais, você começa a precisar de outros lugares. E de outras pessoas. E de bebidas mais fortes. Nem pensa. Vai indo junto com as coisas. E eu só preciso de alguns abraços queridos, a companhia suave, bate-papos que me façam sorrir, algum nível de embriaguez e a sincronicidade.
Tenho a impressão que a vida, as coisas foram me levand
o. Levando em frente, levando embora, levando aos trancos, de qualquer jeito. Sem se importarem se eu não queria mais ir...

E se me perguntarem como estou, eis a resposta: Estou indo. Sem muita bagagem. Pesos desnecessários causam sempre dores desnecessárias. Esvaziei a mala, olhei no fundo dela, limpei, e estou indo ... preenche-la com coisas novas. Sensações novas, situações novas, pessoas novas. Tudo novo ! " 





- Caio Fernando Abreu

terça-feira, setembro 11, 2012

Existe alguém dentro de mim que grita me pedindo socorro




Existe alguém dentro de mim que grita me pedindo socorro, que implora pra eu me tirar desse abismo em meu peito que cavei com minhas próprias mãos e tu me ajudastes a aprofundar. Foi por ti que me coloquei aqui, foste tu que com cada “eu te
 amo” que dizias me levava mais fundo, e eu consentia... Consentia por acreditar que palavras um dia se tornariam atitudes e que atitudes durariam até depois que você atravessasse aquela porta, até o momento do dia seguinte; por acreditar que frases ditas em momentos de amor seriam mais que meras promessas. E foi por tudo isso que me deixei cair, como se não tivesse medo de pular de um penhasco de olhos vendados sem saber o que me esperava ao chão... Eu acreditava que você estaria lá, que iria me segurar, pegar em minha mão, olhar em meus olhos e dizer: “Calma, não se preocupa, eu estava aqui o tempo todo, está tudo bem, eu vou cuidar de você”. 



Mas você não cuidou! Nem das fraturas expostas; nem da dor que causaste em meu peito; nem dos estragos que causaste em minha vida, no que eu fui e no que eu passei a ser. 



Quantas vezes eu não te mandei ir embora e quantas outras eu te pedi para ficar um pouco mais, para eu me iludir mais, me enganar mais. E quantas outras eu tentei me afastar, quantos nãos eu tive que te dizer quando decidi me encontrar e me dizer as verdades que teimei não ouvir enquanto me jogava em teus braços, me iludia com teus beijos, me deliciava com tuas palavras e me encantava com cada frase dita.
Foi nesse meu encontro que eu percebi as metades que faltavam para que um dia pudéssemos ser nós, foi quando olhei pras minhas mãos e vi os calos e feridas que se formavam enquanto eu insistia em cavar o buraco que me levou até você. Foi quando percebi que tuas metades não me pertencem e que apesar de tua voz por um segundo me fazer fechar os olhos e querer te trazer de volta, o fato de você nunca ter estado inteiro não me convence mais. 



Desculpa, mas hoje, só por hoje eu estou saindo da tua vida, estou me despedindo, estou indo embora... Encontrar mais uma vez comigo, e não com você.





Jéssica Juliana



Texto dedicado exclusicavamente para minha amiga Shellen Galdino, que me serviu de inspiração e me fez passear por estes devaneios...

segunda-feira, setembro 10, 2012

Fuba 13800

As eleições são uma conquista histórica da sociedade brasileira, que por mais de 20 anos vivenciou o período da ditadura militar, tempos estes de restrição e opressão a participação política. Além disso, se trata se um momento ímpar de diál
ogo e de apresentação de projetos para a sociedade.

Porém, ao se afirmar isso, não se nega as outras vias, pelo contrário. A luta por uma sociedade mais justa, livre e igualitária perpassa diversos setores e de diferentes formas, principalmente através das organizações coletivas e lutas sociais. Porém, é nas eleições que a sociedade se abre mais para o debate político.

Abster-se e/ou votar nulo faz parte também do direito político cidadão, mas, na atual conjuntura é perder espaço de diálogo por um projeto progressista e de interferência real na vida das pessoas.

Temos na conjuntura de João Pessoa um cenário adverso, onde, principalmente na disputa a vereança, não se tem de modo geral um projeto que seja favorável às lutas sociais, que vise a coletividade e aos menos favorecidos.

Temos um cenário onde existem centenas de candidatos, mas onde ampla maioria não defende um projeto alternativo, e pior... se tem a conjuntura onde a câmara se apresenta com uma disputa cada vez mais conservadora.

Nos últimos quatro anos, o diálogo da CMJP, de modo geral, foi bastante conflituosa e de uma maneira não tanto democrática, principalmente fruto de uma cultura autoritária que vem se implementando nos espaços públicos de João Pessoa, e mais recentemente do Estado da Paraíba. Alguns exemplos, são, ao aumento da tarifa de ônibus e a terceirização através das OSs (Organizações Sociais) das políticas públicas do município, principalmente no que se refere a saúde.

Alguns mandatos conhecidos por seu diálogo com os movimentos sociais, se deixaram levar por outros interesses, e votaram contra a demanda popular, como o caso de Sandra Marrocos (PSB), apesar das contradições desse mandato. A ampla maioria votou contra o interesse da população, e impediu que a sociedade civil organizada entrasse na CMJP. Os candidatos que votaram contra, não votaram em nome da população, mas por oposição fútil, ou seja, oportunismo, pois se fossem da situação, teriam votado a favor.

Precisamos eleger e construir um mandato popular, que seja construído em prol da coletividade, que tenha autonomia e que faça um diálogo sobre os projetos que interessam a juventude, as mulheres e aos demais trabalhadores e diversos segmentos que visam transformação social. Precisamos de uma candidatura que seja leve, porém combativa, que tenha capacidade de agregar. Que seja aberta aos movimentos sociais, ao diálogo sobre cultura, juventude, diversidade e direitos humanos, meio-ambiente e turismo. Um mandato que se aproxime das lutas populares.

Conhecer é o primeiro passo para decidir!

Conheça Fuba 13800 e suas propostas!

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quarta-feira, setembro 05, 2012

A matemática dos amantes

O amor é uma linha tênue?

Para usar um pouco de racionalidade, digo um talvez!
Uma coisa é certa: o amor não é uma linha, e se o for, é uma linear cheia de linhas não lineares e contraditórias. Linhas que se ramificam com a raiz de um árvore. A árvore, o caule e seus galhos e suas folhas buscam a luz, o sol, a fotossíntese e cresce numa só direção, mesmo com contradições
 e irregularidades, a raiz cresce para baixo, para vários lugares, várias direções, ao mesmo tempo, de maneira desequilibrada, talvez seja isso o amor, um rizoma arquitetonicamente não planejado pelas forças da natureza.

As linhas não lineares não seguem uma constante, assim como o amor não é um caminho simples... Talvez, isso seja o tempero a mais desse sentimento que tanto machuca a alma humana, mas que ao mesmo tempo gera lindos sentimentos de necessidade, desejo e confiança. Fica no desequilíbrio, entre positivo e negativo, entre quente e frio, assim, entre opostos não diferentes, entre contentes que se descontentam em não estar presente. Se não for positivo e se não for negativo, é a morte, é zero. Zero é morte, sem movimento, sem pulsação, sem contradição, sem movimento, sem superação e sem vida!

Existe algo mais parecido com o amor, do que a morte?

Hell

sexta-feira, agosto 31, 2012

Não importa aonde você parou...
Em que momento da vida você cansou...
O que importa é que sempre é possível e necessário "Recomeçar".
Recomeçar é dar uma chance a si mesmo...
É renovar as esperanças na vida e o mais importante...
Acreditar em você de novo.
Sofreu muito nesse período?
Foi aprendizado...
Chorou muito?
Foi limpeza da alma...
Ficou com raiva das pessoas?
Foi para perdoá-las um dia...
Sentiu-se só por diversas vezes?
É porque você fechou as portas até para os anjos...
Acreditou que tudo estava perdido?
Era o início da sua melhora...
Pois é...
Agora é hora de reiniciar...
De pensar na luz...
De encontrar prazer nas coisas mais simples de novo...
Que tal um novo emprego?
Um corte de cabelo arrojado...
Diferente?
Um novo curso...
Ou aquele velho desejo de aprender a pintar...
Desenhar...
Dominar o computador...
Ou qualquer outra coisa...
Olha quanto desafio...
Quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus, o esperando.
Está se sentindo sozinho?
Besteira...
Tem tanta gente que você afastou com o seu "período de isolamento"...
Tem tanta gente esperando apenas um sorriso seu para "chegar" perto de você.
Quando nos trancamos na tristeza...
Nem nós mesmos nos suportamos...
Ficamos horríveis...
O mal humor vai comendo nosso fígado...
Até a boca fica amarga!
Recomeçar...
Hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde você quer chegar?
Ir alto...
Sonhe alto...
Queira o melhor do melhor...
Queira coisas boas para a vida...
Pensando assim trazemos para nós aquilo que desejamos...
Se pensamos pequeno...
Coisas pequenas teremos...
Já se desejarmos fortemente o melhor e, principalmente, lutarmos pelo melhor, o melhor vai se instalar na nossa vida.
E é o hoje o dia da faxina mental...
Joga fora tudo que te prende ao passado...
Ao mundinho de coisas tristes...
Fotos...
Peças de roupa, papel de bala...
Ingressos de cinema, bilhete de viagens...
E toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados...
Jogue tudo fora...
Mas, principalmente, esvazie seu coração...
Fique pronto para a vida...
Para um novo amor...
Lembre-se: somos apaixonáveis...
Somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes...
Afinal de contas...
Nós somos o "Amor".
"Sou do tamanho daquilo que vejo e não do tamanho da minha altura".
Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, agosto 29, 2012

A vida me ensinou a dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração,sorrir às pessoas que não gostam de mim, para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam,calar-me para ouvir, aprender com meus erros,afinal, eu posso ser sempre melhor! Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, Para que eu possa acreditar que tudo vai mudar,a abrir minhas janelas para o amor.E não temer o futuro,A lutar contra as injustiças.Sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo. Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade.Para que eu possa acreditar que tudo vai mudar. 

(Charles Chaplin)

Sempre fui sentimental

"Sempre fui sentimental e nunca levei adiante relações em que não estivesse emocionalmente envolvida, e por mais que eu pareça ser durona, é apenas fachada. Só eu sei o quanto já sonhei em ser uma princesa resgatada da torre de um castelo."
Martha Medeiros
"... Amar dói tanto que você fica humilde e olha de verdade para o mundo, mas ao mesmo tempo fica gigante e sente a dor da humanidade inteira. Amar dói tanto que não dói mais, como toda dor que de tão insuportável produz anestesia própria..."


Tati Bernardi

terça-feira, agosto 28, 2012

O tal do CFA, Caio Fernando Abreu, e um de suas belas reflexões diz que a felicidades tá logo ali na frente, mas não conseguimos ver porque existe uma montanha de dor, mas que iremos continuar a caminhada e um dia, tchran, a felicidade estará lá, de braços abertos nos esperando.

Infelizmente, não acredito :)

Mas, sinceramente, espero que sim!
Porém, acredito que a vida é a própria montanha, ou 
seja, enquanto vivemos existe essa montanha de dor, a vida como é insatisfatória e cheia de contradições vive uma linha tênue de amor e ódio, alegria e tristeza, ou mesmo sem dualismo, tudo ao mesmo tempo, na pura dialética que é a vida, que é viver, determinando coisas, sofrendo determinações... Se a vida é a própria montanha, e é a tal dor e o sofrimento, isso não significa que nas trilhas e caminhos da montanha não existam belas árvores com sombra imensa de macieiras, ou de ipês amarelos e rosas, ou mesmo de mangueiras com mangas enormes e doces, daquelas que a gente se lambusa com vontade, e paramos um pouco ali vivendo lentamente.. cada momento, aproveitando aquela oportunidade, aquela possibilidade ... sendo feliz, mas depois precisamos seguir adiante, e tem grandes espinhos, bichos, lagos a atravessar, é a vida, afina e desafina, esquenta e esfria... como diz Guimarães Rosa:

O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem

João Guimarães Rosa

E acrescento, o que ela quer é coragem, ousadia e vibração! Faça seu coração vibrar!

domingo, agosto 26, 2012

"Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de in
ventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada."

Fabricio Carpinejar
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos." (Charles Chaplin)

sábado, agosto 25, 2012

Eles se amam. Todo mundo sabe mas ninguém acredita. Não conseguem ficar juntos. Simples. Complexo. Quase impossivel. Ele continua vivendo sua vidinha idealizada e ela continua idealizando sua vidinha. Alguns dizem que isso jamais daria certo. Outros dizem que foram feitos um para o outro. Eles preferem não dizer nada. Preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas. Ela quer atitudes, ele quer ela. Todas as noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela. E assim vão vivendo até quando a vontade de estar com o outro for maior do que os outros. Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro. E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é dificil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles. E todos os dias eles se perguntam o que fazer. E imaginam os abraços, as noites com dores nas costas esquecidas pelo primeiro sorriso do outro. E que no momento certo se reencontrem e que nada, nada seja por acaso.


Tati Bernardi

...

http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&NR=1&v=Wss27HmVwDM



Te vejo errando e isso não é pecado,
Exceto quando faz outra pessoa sangrar
Te vejo sonhando e isso dá medo
Perdido num mundo que não dá pra entrar
Você está saindo da minha vida
E parece que vai demorar
Se não souber voltar ao menos mande notícias
"Cê" acha que eu sou louca
Mas tudo vai se encaixar
Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
Você tá sempre indo e vindo, tudo bem
Dessa vez eu já vesti minha armadura
E mesmo que nada funcione
Eu estarei de pé, de queixo erguido
Depois você me vê vermelha e acha graça
Mas eu não ficaria bem na sua estante
Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres e outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
Só por hoje não quero mais te ver
Só por hoje não vou tomar minha dose de você
Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se
Curam (não)
E essa abstinência uma hora vai passar

quinta-feira, agosto 23, 2012

Temos que disputar a UNE!

Aos que dizem que voltar a UNE é um retrocesso, segue algumas reflexões no calor da emoção.



Retrocesso é, companheir@s, não enxergar as contradições no processos de correlação de forças e de disputa da nossa entidade histórica e reconhecida. 

Retrocesso é fazer birra com a decisão política dos companheiros. Retrocesso é a ENESSO, que ficam no lupem-proletariado de não reconhecer nenhuma entidade e ficar no ostracismo de não ter nenhuma vinculação com o ME geral, já que  o FENEX, infelizmente está longe de ser um fórum atuante e combativo, na prática, por que no discurso....


Voltar a UNE não significa não ter dicernimento político ou mesmo deixar de fazer críticas ao governo, ora cara pálida. 
Acredito que a ANEL deva ter críticas ao PSTU e a CSP-Conlutas, assim a UNE o tem também, afinal, e tem muito mais contradição, afinal a forma de direção da UNE permite que vários grupos políticos disputem seu rumo, apesar que é inegável o aparelhamento constante da UJS, bem, mas para quem já teve José Serra na presidência, né?

A UNE é uma entidade histórica dos estudantes, é um dever de classe disputar os rumos da entidade e não abandoná-la. Sair da disputa, é no mínimo irresponsabilidade. Infelizmente algumas birras pequeno-burguesas de alguns partidos por sede de direção e crise de "ai, não me representa" leva a equívocos históricos.

Só uma entidade popular e massificada é capaz de proporcionar lutar concretas e com impacto na sociedade burguesa contra a opressão do grande capitalismo e dos barões da educação.  E essa entidade, para  o "bem" e para  o "mau" é a União Nacional dos Estudantes. Cabe-nos, enquanto militantes, usando da nossa prática como ato pedagógico mostrar os problemas, propor alternativas e disputar os rumos.

E isso se faz com participação. O ERRO da ANEL já foi constatado, nos seus anos de existência enquanto ANEL, ou mesmo antes enquanto um outro nome que não me lembro (CONLUTE???), mostram que: CRIAR UMA NOVA ENTIDADE NÃO RESOLVE OS PROBLEMAS DE CORRELAÇÃO DE FORÇAS DO MOVIMENTO ESTUDANTIL E DA LUTA DE CLASSES.

Sabe quais os reais problemas do ME? 
Bem, acho que não. Para vocês é a direção e a vanguarda da luta, né? O problema é de direção? 

Bem, o real problema do ME é que temos hoje, quer vocês queiram, quer vocês não queiram, uma popularização das universidades, tanto públicas através do REUNI, quanto das particulares, através do PROUNI/FIES. Tendo isso em mente, vocês acham que a melhor maneira é o ataque a esses programas do governo (e de maneira indireta a quem é beneficiado), Bem, acho que devem ser sim problematizados, mas, a crítica é mal feita e superficial. Enfim, não irei entrar nesse debate, mas vejam, vocês esquecem de dialogar com esse estudante, e acabam somente dialogando com um meio grupinho, uns mil no máximo, que vai pro Rio de Janeiro para a assembleia nacional da ANEL e ficam lá gritando palavras de ordem e se achando o último reduto de revolucioanários com um purismo assim, que parece até piada. (Por incrível que pareça, eu já participei de espaços da ANEL), e se esquecem dos milhares de estudantes que não estão nem ai pro que vocês estão falando, então, para resumir é: quando não se dialoga com  a classe trabalhadora, estamos fadados ao isolamento social.

Enquanto, também, o ME for visto por alguns partidos como celeiros de militantes, este não cumprirá outro papel, se não o de auto-construção, por exemplo a ANEL é uma entidade para isso, na minha avaliação. Afinal, ou se é do PSTU ou é do racha do barricadas ou é "independente". Ai me fala, aparelhamento de esquerda é diferente de aparelhamento da UJS? rsrsrsrs


Para terminar, segue trecho da nota da CP/SP

"Quanto maior o envolvimento organizado das forças do projeto popular, melhores serão as condições para que essa luta se reflita numa melhoria na balança da correlação de forças contra o nosso inimigo: a burguesia, as elites e seus projetos de submissão, exploração e injustiça."

sábado, agosto 18, 2012

"Você se cansa de amores incompletos, de amores platônicos, de falta de amor, de excesso disso e daquilo. Se cansa do “apesar de”. Se cansa do rabo entre as pernas, da sensação de estar sendo prejudicado, se cansa do “a vida é assim mesmo”. Você se cansa de esperar, de rezar, de aguardar, de ter esperanças, cansa do frio na barriga, cansa da falta de sono. Você se cansa da hipocrisia, da falsidade, da ameaça constante, se cansa da estupidez, da apatia, da angústia, da insatisfação, da injustiça, do frenesi, da busca impossível e infinita de algo que não sabe o que é. Se cansa da sensação de não poder parar."
"Não gosto do fácil, nem do supérfluo, tão pouco de hipocrisias e mediocridades,
Não sou de usar máscaras em meu rosto para mostrar meu verdadeiro eu,
Sou bem resolvida!
Amo-me assim: Devassa e sem preconceitos.
Se me entrego é por prazer, por afeto, por amor...
Insana são as que se fazem de santas!
Quero o tudo para agora,
Amanhã já não sei mais quem sou.
Meu tempo é pouco; minhas necessidades, muitas.
Vivo o momento com toda intensidade e como se fosse à última vez.
O perigo está em ficar escondida em seu mundo particular.
Jogue-se!!! A vida é bela e única!
Não tenha medo dos falsos moralistas!
A vida é só SUA!!!
Não deixe nada por dizer ou por acontecer...
O momento é o AGORA."

Miriam Lewer

E você, por que desvia o olhar?



A SÍNDROME DOS VINTE E TANTOS ANOS...

Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos.

Dá-se conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo,
 namorado(a) etc.. E cada vez desfruta mais dessa cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco....

As multidões já não são ‘tão divertidas’, às vezes...... até lhe incomodam.

Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo.
Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas.

Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor.

Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto e te achou o maior infantil, pôde lhe fazer tanto mal.

Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar, e isso assusta!

Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado e significa muito dinheiro para seu pequeno salário.

Olha para o seu trabalho e, talvez, não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo.

Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer.
Suas opiniões se tornam mais fortes.

Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é. Às vezes, você se sente genial e invencível, outras… Apenas com medo e confuso.

De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando.

Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro… E com construir uma vida para você.

E enquanto ganhar a carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela.

O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse texto nos identificamos com ele. Todos nós que temos ‘vinte e tantos’ e gostaríamos de voltar aos 15-16 algumas vezes.

Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça…

Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos… Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro. Parece que foi ontem que tínhamos 16…

Então, amanha teremos 30?!?! Assim tão rápido?!?
Todas as vezes que te vi, nesses últimos 2 anos, eu sempre me apaixonei por você. Eu sempre estive pronta pra começar algo, pra tomar um café de verdade, pra passear de mãos dadas no claro, pra poder te apresentar ao sol sem receber olhares curiosos… E você sempre ignorou esse fato, seguindo seu caminho. Eu nunca vou entender. Eu nunca vou saber porque a vida é assim.

E fico triste novamente. Eu 
achei que quando passasse o tempo, eu achei que quando eu finalmente te visse tão livre, tão forte e tão indiferente, eu achei que quando eu sentisse o fim, eu achei que passaria. Não passa nunca, mas quase passa todos os dias. Chorar deixou de ser uma necessidade e virou apenas uma iminência. Sofrer deixou de ser algo maior do que eu e passou a ser um pontinho ali, no mesmo lugar, incomodando a cada segundo, me lembrando o tempo todo que aquele pontinho é um resto, um quase não pontinho. Você, que já foi tudo e mais um pouco, é agora um quase. Um quase que não me deixa ser inteira em nada, plena em nada, tranqüila em nada, feliz em nada.





Tati Bernardi

Indo

Se me perguntarem como estou, eis a resposta: Estou indo. Sem muita bagagem. Pesos desnecessários causam sempre dores desnecessárias. Esvaziei a mala, olhei no fundo dela, limpei e estou indo preenche-la com coisas novas. Sensações novas, situações novas, pessoas novas. Tudo novo." 

Caio Fernando de Abreu

sexta-feira, agosto 17, 2012

Ouse, sonhe e deseje!

‎"Mudam-se os tempos, 
Mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança,
Todo mundo é composto de mudança
Tomando sempre novas qualidades."
(Luís Vaz de Camões)


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Pena que nem sempre as pessoas conseguem avançar nas contradições, ficam presas nos falsos consensos, na zona de conforto e não se deixam permitir ousar, sonhar e desejar. 
Quando se tem medo de mudanças, definitivamente não se pode ser feliz, e rogo essa praga sem peso na consciência.

 Mais do mesmo ao invés de mesmo do mais. 

Se não nos abrirmos para as mudanças e para a confiança, continuaremos nos mesmos erros e nas mesmas angústias, e pior, nos mesmos dilemas.

Mentir para si mesmo, e para os outros é negar a própria felicidade...

Deixe se permitir...