domingo, julho 10, 2011

Vendi e Estou vendo


Eu vendo minha força de trabalho
O meu suor, o meu cansaço
 E tudo que resta de mim

Eu vendo o meu corpo, a minha mente
A minha alma descontente
Por que me fizeram assim

Eu já nasci dessa maneira preparado
Com os meus pais me educando para ser trabalhador
E na minha vida todo meu aprendizado
Foi tudo direcionado pra ser hoje quem não sou

Ai me desculpe meus pais
Possa ser que já fui
Pode ser que ainda sou
Mas não quero ser mais

Ai me desculpe meus pais
Hoje trabalhador
Operário eu sou
Vivo a vida sem paz


E desse jeito eu segui por muito tempo
Fui chorando e fui sofrendo
Pra ser um merecedor
Merecedor de um salário miserável
De uma vida incontestável
Nas mãos de um explorador

O meu produto vejo diante da minha frente
Pensando infelizmente
Eu não posso nem comprar

Digo meu Deus: como sou tão inteligente
Isso foi fruto da minha mente
E ainda posso melhorar

Ai me desculpe meus pais
Possa ser que já fui
Pode ser que ainda sou
Mas não quero ser mais

Ai me desculpe meus pais
Hoje trabalhador
Operário eu sou
Vivo a vida sem paz

E desse pouco tempo ainda que me resta
Largo tudo e saio desta
Vou pra festa festejar

E o trabalho que sugou toda minha vida
É o ponto de partida
Do que vou abandonar

Agora vivo meu momento eternamente
Como se fosse pra sempre
Sem esperar acabar

E a lembrança do trabalho que fiquei
Foi o dia em que deixei
Para nunca mais voltar

Ai me desculpe meus pais
Possa ser que já fui
Pode ser que ainda sou
Mas não quero ser mais

Ai me desculpe meus pais
Sem trabalho eu estou
E não sinto mais dor
Pra viver minha vida em paz!

 Livio Brandão

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domingo, julho 10, 2011

Vendi e Estou vendo


Eu vendo minha força de trabalho
O meu suor, o meu cansaço
 E tudo que resta de mim

Eu vendo o meu corpo, a minha mente
A minha alma descontente
Por que me fizeram assim

Eu já nasci dessa maneira preparado
Com os meus pais me educando para ser trabalhador
E na minha vida todo meu aprendizado
Foi tudo direcionado pra ser hoje quem não sou

Ai me desculpe meus pais
Possa ser que já fui
Pode ser que ainda sou
Mas não quero ser mais

Ai me desculpe meus pais
Hoje trabalhador
Operário eu sou
Vivo a vida sem paz


E desse jeito eu segui por muito tempo
Fui chorando e fui sofrendo
Pra ser um merecedor
Merecedor de um salário miserável
De uma vida incontestável
Nas mãos de um explorador

O meu produto vejo diante da minha frente
Pensando infelizmente
Eu não posso nem comprar

Digo meu Deus: como sou tão inteligente
Isso foi fruto da minha mente
E ainda posso melhorar

Ai me desculpe meus pais
Possa ser que já fui
Pode ser que ainda sou
Mas não quero ser mais

Ai me desculpe meus pais
Hoje trabalhador
Operário eu sou
Vivo a vida sem paz

E desse pouco tempo ainda que me resta
Largo tudo e saio desta
Vou pra festa festejar

E o trabalho que sugou toda minha vida
É o ponto de partida
Do que vou abandonar

Agora vivo meu momento eternamente
Como se fosse pra sempre
Sem esperar acabar

E a lembrança do trabalho que fiquei
Foi o dia em que deixei
Para nunca mais voltar

Ai me desculpe meus pais
Possa ser que já fui
Pode ser que ainda sou
Mas não quero ser mais

Ai me desculpe meus pais
Sem trabalho eu estou
E não sinto mais dor
Pra viver minha vida em paz!

 Livio Brandão

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